Invasão

Segunda invasão com barracos é desocupada este mês em Ceilândia Norte

Polícia Militar, com apoio de agentes da DF Legal e SLU, desocuparam invasão na QNR 4 de Ceilândia Norte, com grupo de famílias vindas da desocupação na QNR 6

Uma invasão, formada por 30 pessoas que moravam em 35 barracos, foi desocupada por policiais militares na manhã desta segunda-feira (24/10), na QNR 4, em Ceilândia Norte. A operação ocorreu das 10h às 11h30 no local.

Tanto os invasores quanto a Polícia Militar informaram que a desocupação foi pacífica, o que não ocorreu em 8 de outubro, quando houve confronto entre a PMDF e moradores da QNR 6.

Moradores reclamam da falta de assistência do governo para obter moradia regularizada junto à Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF). Uma delas é Elisângela Santos, 42, que estava com o grupo desde o último sábado (22/10).

"Na outra operação, agentes da DF Legal nos garantiram que a Defensoria Pública e a Codhab iriam dar um jeito para todo mundo fazer um cadastro e ter uma moradia, mas isso não ocorreu", relembra.

Elisângela morava com o filho de 2 anos e o marido, de 38. "Todo mundo saiu dos barracos voluntariamente com os pertences pessoais", relata Elisângela.

Em nota, a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) informa que foi realizada operação para retirada de construções precárias irregulares em terreno pertencente à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap).

"O local estava sendo ocupado por movimento social, o mesmo que há alguns dias (na QRN 6) tentou ocupar terreno destinado à construção de casas populares para pessoas com deficiência e idoso", comunica a pasta.

Com registro na Codhab desde 1992, a pensionista do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) Katia Rocha, 46, argumenta que fica em invasão para ter uma moradia e não ficar em casa de vizinhos, no Sol Nascente. "Desta fez, não nos trataram igual cachorro como da última vez", comenta.

Katia espera receber um retorno da Codhab com um abrigo momentâneo. "Podia nos ajudar pelo menos com um auxílio, porque fico apenas com auxílio do INSS", pede.

A reportagem entrou em contato com a Codhab para saber se a pasta vai dar assistência ao grupo de moradores, mas ainda não teve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) realizou limpeza no local após derrubada dos barracos. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) informa que as famílias não demandaram por qualquer tipo de atendimento ou serviço. "Vale ressaltar que, de fato, nenhuma família residia naquele endereço", comunica a pasta, em nota.

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Ed Alves - Moradores ficam sem teto após desocupação na QNR 4, em Ceilândia Norte
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