Crime

Homem alega ser vítima de perseguição e invade unidade socioeducativa do DF

Sujo de sangue, o suspeito pulou a cerca da unidade de internação e alegou ser vítima de perseguição. Este é o segundo caso semelhante em menos de um mês

Um homem, de 24 anos, foi imobilizado e preso ao invadir a Unidade de Internação do Recanto das Emas (Unire), na madrugada deste domingo (6/11). Este é o segundo caso semelhante ocorrido na instituição em menos de um mês. Maycon Oliveira Novais pulou a cerca e, aos agentes socioeducativos, alegou que estaria em fuga por estar sendo perseguido e ameaçado de morte. Segundo Pablo Aguiar, delegado da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), Maycon sofre de síndrome do pânico e chegou a ser internado no Hospital do Gama.

O fato ocorreu por volta das 4h10, quando um dos agentes ouviu gritos vindos de dentro da unidade. O servidor pediu reforço e as equipes encontraram o suspeito próximo ao Módulo 5, sujo de sangue. Ao ser questionado pelos agentes, Maycon relatou que estava sozinho, morava em Ceilândia e trabalhava em um lava-jato de Vicente Pires.

Minutos depois, o homem contou outra versão e disse que residia no Recanto das Emas e trabalhava próximo ao shopping de Águas Claras. Os agentes identificaram, ainda, que a lataria e o vidro do carro de um dos funcionários apresentava marcas de sangue. Em resposta, Maycon afirmou que teria se machucado na concertina (cerca de arme farpado em forma de espiral). 

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fez o primeiro atendimento e levou o suspeito ao hospital. O caso é investigado na 27ª DP.  

Segundo caso

Não é a primeira vez que a Unire registra casos de invasões. Na madrugada de 17 de outubro, um homem identificado como Maicon Antonio de Jesus também acabou preso na unidade. Antes de entrar no estabelecimento, o homem gritava para que os agentes abrissem o portão e deu chutes na porta. Ele foi detido escondido em um matagal.

Em maio deste ano, o Sindicato dos Servidores do Sistema Socioeducativo (Sindsse-DF) entregou uma queixa formal ao Ministério Público do DF, denunciando a insegurança dos trabalhadores da unidade. A reportagem questionou a Secretaria de Justiça (Sejus) e aguarda retorno.

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