Cultura

Abertura do FBCB atrai um bom público nesta segunda-feira (14/11)

Início do 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi marcado pela exibição de um dos grandes nomes do cinema local: Mato seco em chamas de Adirley Queirós e Joana Pimenta. O evento segue até o próximo dia 20 de novembro

Começou na noite desta segunda-feira (14/11), o 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Com mais de 40 títulos de todas as regiões brasileiras em cartaz, a seleção oficial do evento está dividida entre longas e curtas das mostras Competitiva Nacional e Brasília. Além disso, haverá mais duas mostras paralelas de longas e sessões hors-concours.

A edição de 2022 foca no retorno ao ambiente de exibições presenciais, na reconstrução de políticas do audiovisual brasileiro e acontece até 20 de novembro. Os filmes competem por quase 30 troféus Candango em sessões apresentadas sempre às 20h30, de 14 a 19 de novembro. A direção artística é assinada pela produtora Sara Rocha.

Para João Paulo Procópio, que faz parte do júri do festival, o encontro está repleto de símbolos revigorantes. "Pelo contexto do retorno ao presencial, talvez, o festival hoje seja o grande encontro em Brasília pra gente falar sobre essa retomada", frisa.

Dessa forma, João Paulo considera que o DF está cumprindo o seu papel. "Os festivais tem função nacional, e o de Brasília sempre é muito forte nas demandas e nas conquistas de políticas culturais. Então, a programação, os filmes e a curadoria estão muito bacanas. Temos uma série de títulos muito instigantes para assistir, além da programação na sala de cinema", ressalta.

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Concorrentes

Entre os longas-metragem da Mostra Competitiva Nacional foram selecionadas duas produções do Distrito Federal, feito inédito na história do festival: Mato seco em chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, obra futurista que explora os impactos da presença da extrema-direita em ambientes de favela; e Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo, sobre a trajetória de implementação das cotas raciais em universidades brasileiras.

Já entre os curtas da Competitiva Nacional do 55º Festival de Brasília, um panorama da produção nacional traz títulos de Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul. A ficção Big bang (MG/RN), de Carlos Segundo, debate a sistemática exclusão social; enquanto Ave Maria (RJ), de Pê Moreira, pensa afetos e relações familiares; e Lugar de Ladson (SP), de Rogério Borges, discute acessibilidade a partir da história de um garoto cego que não sai de casa, buscando em seu celular um encontro amoroso. Calunga maior (PB), de Thiago Costa, se inspira na cultura bantu para abordar relacionamentos afetivos e memórias da diáspora africana; e Sethico (PE), de Wagner Montenegro, explora a tragédia colonial ante as vidas negras no Recife.

Premiações

Na tradicional Mostra Brasília, uma seleção de quatro longas e oito curtas-metragens produzidos no Distrito Federal disputam 13 troféus Candango, acompanhados de R$ 240 mil em prêmios concedidos pela Câmara Legislativa do DF, incluindo R$ 100 mil para o melhor longa e R$ 30 mil para o melhor curta pelo júri oficial. Na categoria júri popular, o longa vencedor receberá R$ 40 mil, enquanto o curta agraciado ficará com R$ 10 mil. A comissão de seleção de filmes é formada pelo produtor Sidiny Diniz, o publicitário Allyson Xavier, a produtora Simônia Queiroz, o cineasta Péterson Paim e o curador e crítico Sérgio Moriconi.

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