Férias

Confira dicas de lugares onde crianças podem curtir o final das férias

Com inúmeras atividades esportivas, brincadeiras e leitura de livros, as colônias de férias dos centros olímpicos atraem a garotada do DF durante o recesso escolar. Tradicionais passeios no zoológico também estão na agenda

Carlos Silva*
João Carlos dos Santos*
postado em 26/01/2023 06:00 / atualizado em 26/01/2023 06:08
 (crédito:  PAULO H CARVALHO/Agência Brasília)
(crédito: PAULO H CARVALHO/Agência Brasília)

No início do ano, muitos aproveitam para descansar e tirar aquelas merecidas férias. Isso não é diferente para as crianças, que nos primeiros meses do ano entram no período de recesso escolar. Mas o que pode parecer o paraíso para os pequenos, pode ser motivo de preocupação para os pais que, por vezes, se veem sem saída para ir ao trabalho e não ter com quem deixar os filhos, ou, simplesmente, se preocupam em manter os pequenos distantes das telas de celular e com a qualidade do tempo ocioso. Com isso, muitos optam pela a colônia de férias.

Espalhados por diversos pontos da capital, esse tipo de espaço conta com programações recreativas diversas para as crianças, com atividades esportivas, brincadeiras, clubes de leitura, entre outros. No Distrito Federal, uma das iniciativas mais procuradas é a colônia de férias realizada pelo governo — por meio da Secretaria de Esporte — nos Centros Olímpicos e Paralímpicos (COPs).

Presentes em 11 regiões administrativas do DF, as unidades disponibilizam gratuitamente atendimento socioeducativo e práticas esportivas para crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos. O secretário Júlio Cesar Ribeiro afirma que a iniciativa é importante, principalmente durante o período de recesso estudantil. "Os Centros Olímpicos e Paralímpicos são espaços de convivência totalmente saudáveis. Nós abraçamos esse projeto com o objetivo de oferecer à comunidade atividades lúdicas e esportivas para evitar a ociosidade no período das férias", comentou.

Benefícios para pais e filhos

No Centro Olímpico do Setor O, em Ceilândia, o engajamento da comunidade foi tanto que as crianças faziam fila para se inscreverem na colônia de férias e os que já tinham iniciado as atividades comentavam alegres sobre o que tinham desenvolvido no dia. Felicidade não só dos pequenos, mas também dos pais, que falam sobre o quanto o projeto tem sido positivo.

Margarida Sena, 40 anos, que havia ido buscar a filha Maria Fernanda, 7, conta que todo ano faz questão de participar da iniciativa com os três filhos. "É muito bom, porque as crianças não têm muitas opções de diversão por perto, então eles podem vir para cá. Ajuda muito no desenvolvimento deles. Meu meninos estão aqui há cerca de 3 anos e nunca reclamaram", avaliou.

Outro que também está satisfeito com o projeto é o cinegrafista Gerson Júnior, 39, pai da Valentina Araújo, 6, da Ana Clara, 12, e do Théo, 3. Essa é a primeira vez que ele matricula as duas filhas e conta que "qualquer atividade esportiva é sempre importante para a crianças, ainda mais no período de férias, em que elas ficam mais ociosas. É notório que isso também traz benefícios para elas em diversas áreas", afirma.

Também na Ceilândia, o Centro Olímpico do Parque da Vaquejada é um ponto de encontro da família com o esporte e a convivência entre vizinhos. Para Jéssica Lopes, que trabalha no local,o ambiente serve principalmente para tirar crianças da rua. "Crianças da comunidade do Sol Nascente são muito carentes, não têm um espaço de lazer para brincar, para praticar esporte, um lugar até mesmo para espairecer a cabeça", revela.

Jéssica relata que o centro é uma forma de prevenção à  criminalidade. "Muitos pais procuram a gente para tirar a criança do contato do crime, das drogas". A pedagoga também percebe que além de adultos sentirem necessidade de um espaço que proporcione saúde física e mental pela prática esportiva, o centro é uma opção de lazer gratuito em falta no período de férias.

Um dos objetivos do Parque da Vaquejada é desenvolver na criança a percepção de que ela é parte da comunidade, uma vez que permite o convívio com a diferença. "É questão de perceber que existe algo para além da casa dela, outras crianças, com outras famílias", defende.

William Cardoso, gerente pedagógico, que trabalha no centro desde 2011, explica que os benefícios à saúde resultantes da prática de esporte são vários, como evitar doenças crônicas relacionadas ao sedentarismo. Ele também aponta que a criança, afastada da tela, se desenvolve melhor. "Tem crianças que têm atraso na fala, atraso cognitivo. A partir do momento que você tira a criança da tela e a traz para praticar um esporte, está dando a oportunidade para ela aumentar a sua cultura corporal". 

Programação animal

A garotada também encontra diversão no Zoológico de Brasília, que realiza a "Colônia de Feras". Duas turmas, cada uma com 30 crianças, de 6 a 10 anos de idade, visitam o local das 13h30 às 17h, até amanhã. Os pequenos foram divididos em três grupos: harpia, onça-pintada e cascavel, em homenagem aos bichos presentes na fauna nacional.

Nos primeiros dias de atividades, que ocorreram entre terça-feira (24/1) e ontem, a criançada pôde acompanhar o banho dos avestruzes. A diretora de Educação Ambiental do Zoológico, Caroline Trombeta, destacou que, por meio da ação, a garotada tem oportunidade de conhecer mais sobre o resgate desses animais e o trabalho de conservação de espécies realizado.

*Estagiários sob a supervisão
de Márcia Machado

Centros Olímpicos 

A colônia de férias dos Centros Olímpicos é voltada para crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos e ocorre até o dia 31 deste mês;

Os interessados podem se inscrever, gratuitamente, em cada centro olímpico, até o último dia de evento;

Os pais ou responsáveis também devem preencher o formulário, por unidade, disponível no site: esporte.df.gov.br/3coloniadeferiascops/

Zoológico de Brasília 

O Zoológico de Brasília funciona das 8h30 às 17h, de terça a domingo, e também nos feriados

A bilheteria fica aberta até às 16h, com pagamentos somente em dinheiro

As entradas custam R$ 10 (Inteira) e
R$ 5 (Meia), exceto na terça, quarta, quinta-feira, quando todos pagam meia.

 

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