Racismo

Mulher hostiliza motorista com falas de teor racista no Gama

O caso ocorreu por volta de 00h deste domingo na padaria Roma, setor sul do Gama

Pedro Ibarra
postado em 05/02/2023 16:22 / atualizado em 05/02/2023 16:23
 (crédito: Video/Reprodução)
(crédito: Video/Reprodução)

O Gama foi palco de um caso de injúria racial na madrugada deste domingo (5/2). Jhony Charlies Gonçalves do Nascimento, motorista de um veículo de aplicativo, sofreu com ofensas de uma cliente por um desentendimento quanto ao caminho que tinha escolhido para deixá-la em casa. A ação foi gravada pelo trabalhador que foi chamado de “vagabundo”, “mala” e “sujeira”, além de ter captado no vídeo a frase: “nunca vi mais preto”.

O profissional cedeu ao Correio os vídeos em que relata o ocorrido e também mostra a mulher o hostilizando em frente a padaria. Confira.

Segundo Jhony, ele aceitou a corrida para buscar a senhora, que disse se chamar Lucimar, em um bar na quadra 42 do Gama por volta das 00h. Ela pediu para ir para a quadra 7, mas ficou inquieta com o caminho que ele escolheu. O profissional conta que Lucimar sugeriu que ele queria fazer mal a ela, pois estava pegando o caminho errado de propósito. Cansado da forma como estava sendo tratado, o motorista pediu para que ela se retirasse do carro e a deixou na padaria Roma, no setor sul do Gama. A mulher ainda assim fez questão de pagá-lo e quando voltou com o dinheiro trocado começou com as injúrias racistas, relata o jovem.

Lucimar questionou o fato dele estar trabalhando de chinelo, mas foi além ao falar que ele era “sujeira” e que “nunca tinha visto mais preto”, isso apenas no captado em vídeo. De acordo com Jhony, ela ainda falou: “queria um Uber arrumado e que não seja preto”. “Fiquei perdido olhando aquilo”, conta Jhonny. “Situação bizarra”, completa.

O motorista chamou a polícia que, quando chegou, conseguiu flagrar Lucimar ainda fazendo comentários racistas. Os dois foram encaminhados a 20ª Delegacia de Polícia do Gama, onde a mulher foi detida e o homem fez um boletim de ocorrência. Segundo informações do próprio rapaz, Lucimar já foi liberada para voltar para casa.

A reportagem não conseguiu contato com a mulher. O espaço segue aberto para futuras manifestações. 

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