Referência no Distrito Federal quando o assunto é comida e eventos em restaurantes, o consultor gastronômico Luís Cláudio Martinez morreu, nesta segunda-feira (6), aos 60 anos, após um infarto.
Ele chegou a Brasília aos 17 anos, vindo de Catanduva (SP), em busca de oportunidade de trabalho. Em 1979, se formou em enfermagem e entrou no serviço público, aos 18, na mesma área. “Ele sempre se dedicou à família, ao trabalho e sempre foi presente. Meu pai sempre foi meu melhor amigo. A gente sempre foi muito unido”, emociona-se Danielle Martinez, 34, filha de Luís.
Casado por 38 anos com Rosane Gomes Martinez, 59, Luís teve outros dois filhos, além de Danielle: Renan Martinez, 37, e Leandro Martinez, 33. “Minha filha é única neta mulher, além de outros quatro netos, e sempre foi o amor da vida dele. Ele que me ajudava a cuidar dela desde o dia que nasceu. Inclusive, o nome dela é Luísa Martinez, 4, em homenagem ao meu pai”, conta Danielle.
A presença marcante com a família também era sentida no âmbito profissional. Após passar em um concurso da Central de Produção de Alimentos (CPA) no Sesi do Guará, Luís começou a viajar pelo país e fazer cursos, até virar especialista em microbiologia de alimentos. Foi nesse época que passou a trabalhar na área de gastronomia. Há mais de dez anos, abriu um restaurante junto com a filha em um hotel cinco estrelas de Brasília.
Segundo a assessora de imprensa, Eliane Uchôa, 66, Luís estava sempre de chapéu, sorridente e tranquilo, como define. “A gente se tornou amigo de se encontrar nesses eventos da cidade, do circuito gastronômico. Ele era muito vozão e paizão, e dizia que queria se dedicar mais à família e à neta. E era uma pessoa muito humilde”, define.
Eliane tem viva na memória as vezes que Luís ia verificar a qualidade dos alimentos e até entrar nas cozinhas de restaurantes para dar conselhos sobre a produção. “O Luís sempre foi um cara tranquilo, dedicado, presente, acompanhava o Francisco Ansilheiro, fundador do restaurante Dom Francisco, na W3 Sul. Era um cara muito generoso, com quem sempre tive uma relação cordial e de bom trato”, recorda.
Na lembrança respeitosa por Luís, Francisco recorda com clareza da relação de amizade profissional que tinha com o conselheiro gastronômico. “Sempre focamos em objetivos concretos de restaurantes e melhorias na alimentação. Não era uma amizade de festa, mas de trabalho. Então, gostava muito dele, porque era um sujeito muito positivo e decisivo”, elogia Francisco.
Comunhão Espírita
Luís também foi dirigente do Grupo de Passe do projeto Mãos Estendidas, da Comunhão Espírita de Brasília. Em nota, a instituição detalha que ele encontrava uma forma carinhosa de abordar os irmãos em situação de rua para o passe e também sustentar com a equipe, o equilíbrio espiritual durante o funcionamento do grupo.
“Foi muito importante na implementação dos trabalhos do Mãos Estendidas, solícito e com apontamentos assertivos. Nosso carinho e respeito pelo amigo que retorna à Pátria Espiritual. Por sua conduta sempre correta e amável, temos a certeza que ele estará junto aos trabalhadores espirituais da nossa Casa. A família, nossos sentimentos!”, solidariza-se a Comunhão.
O velório de Luís está marcado para iniciar às 13h, desta terça-feira (7), na capela 6 do cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Em seguida, o corpo do consultor será sepultado às 15h30.
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