Sem saída

Após 30 anos de existência, Galinho não vai às ruas de Brasília este ano

Segundo o presidente Romildo de Carvalho, "não seria justo descaracterizar o bloco que os brasilienses merecem"

Ellen Travassos
postado em 17/02/2023 11:39 / atualizado em 17/02/2023 11:40
 (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
(crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Em meio a expectativas de diversão e folia em 2023, uma triste notícia sobre um dos blocos tradicionais de Brasília: o Galinho não irá às ruas das quadras do Comércio Local Sul 203/204. 

Romildo de Carvalho, presidente do bloco, ressalta que a solicitação na qual o bloco pedia para que pudesse concentrar, passar ou dispersar nas entrequadras da 203/204 Sul foi negada. "Fomos jogados de um lado para o outro, até chegar, nesta quinta-feira, a negativa que não poderíamos sair. Um ato totalmente discriminatório, já que outros blocos sairão nas entrequadras." 

Ele comenta que não quiseram abrir mão do lema "Costume, da Tradição e do Território – os três pilares da cultura" e fazer em outro lugar um bloco tão tradicional, presente há mais de 20 anos no carnaval do DF.

Orgulho, tristeza e vergonha são os sentimentos dos organizadores do Galinho por não poderem sair às ruas em um ano tão esperado quanto este, por conta da volta do carnaval pós-pandemia. "Estamos tristes pelo Galinho e pelos foliões do Distrito Federal, que perdem a oportunidade de brincar em um bloco democrático, popular e muito familiar", disse Romildo, nas redes sociais.

O Galinho traz para Brasília o tradicional frevo, que, no dia 9 de fevereiro, completou 116 anos de existência. O hino do bloco, feito por Clésio Ferreira, traz a seguinte citação: "O galinho cantou, dentro de mim, hoje o frevo começa e não tem fim! Tem frevo na rua, no eixo, no trevo, no beco. É demais! Eu vou, trazer de Recife e Olinda, os meus carnavais".

Sobre o bloco

O Galinho nasceu de mansinho, porém, forte o suficiente para espalhar seu canto por toda Brasília até hoje. O primeiro carnaval do Galinho de Brasília aconteceu em 1992, motivado pela dificuldade de boa parte dos foliões nordestinos de passar o carnaval em Pernambuco em virtude do confisco das poupanças de todos os brasileiros. A medida do governo de Fernando Collor de Melo impossibilitou o deslocamento dos que desejavam brincar o carnaval não só na capital pernambucana, mas também em diversas cidades do Nordeste, o que motivou, após a festa, a fundação do Grêmio Recreativo da Expressão Nordestina – Galinho de Brasília.

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