Investigação

Pernambucano que comandava empresa de cervejas adulteradas é preso no DF

O empresário vinha sendo monitorado pela PCDF. Investigadores constataram que o homem havia saído de Recife com destino a Brasília. Na semana passada, a PCDF e a PMDF apreenderam mais de 150 mil latas de cerveja adulterada

Darcianne Diogo
postado em 04/04/2023 19:28 / atualizado em 04/04/2023 19:36
Homem foi preso no momento em que entrava em um hotel, em Taguatinga -  (crédito: PCDF/Divulgação)
Homem foi preso no momento em que entrava em um hotel, em Taguatinga - (crédito: PCDF/Divulgação)

O homem apontado como o responsável por comandar um esquema ilegal de venda de cervejas adulteradas em Brazlândia foi preso, pela Polícia Civil do DF (PCDF), na tarde desta terça-feira (4/4). O empresário foi detido na região central de Taguatinga no momento em que entrava em um hotel.

Na quinta-feira (30/3), os investigadores da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) junto à Polícia Militar desarticularam uma operação e apreenderam mais de 150 mil latas de cerveja adulteradas. A empresa fica às margens da DF-220 e é especializada na venda de água mineral. No entanto, segundo revelaram as investigações, nos últimos meses, o estabelecimento passou a adulterar latas de cerveja vencida, suprimindo a data de vencimento e revendendo a bebida para clientes. O gerente do local foi preso em flagrante na época.

O empresário responsável por conduzir o esquema vinha sendo monitorado pela PCDF. Os investigadores constataram que o homem havia saído de Recife com destino à capital federal nesta manhã. Ao desembarcar, ele seguiu para um hotel, onde foi preso. A prisão preventiva foi determinada pelo juiz Olair Teixeira de Oliveira Sampaio, da Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia.

Segundo o magistrado, o empresário “vendeu bebidas impróprias para o consumo para diversos estabelecimentos, havendo, ante o volume das transações criminosas praticadas, a possibilidade concreta de que continue a praticar o referido crime se permanecer solto”.

Ficha criminal

Em 2016, o empresário chegou a ser preso no âmbito da Operação Longa Manaus, desencadeada pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), suspeito de atrapalhar uma investigação de organização criminosa. No mesmo ano, o pai dele foi preso na Operação Tsunami, da PCPE, suspeito de fraudar licitações na prefeitura de Catende (PE).

Nas investigações da PCDF, o empresário é suspeito de manter em depósito para revenda mercadoria em condições impróprias ao consumo, crime punido com pena de detenção, de 2 a 5 anos, ou multa. “A adulteração ocorria em Brazlândia, mas as ordens emanava de Recife, com o empresário à frente do esquema”, afirmou o delegado-chefe da 18ª DP, Fernando Cocito.

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