Investigação

PGR quer relatórios sobre 8/1 e mira integrantes da cúpula da PMDF

Coordenador da PGR encaminhou pedido a Moraes para que seja liberado acesso a documentos e relatórios sobre o inquérito que investiga a conduta de policiais militares no 8 de janeiro. PGR também mira financiadores

Pablo Giovanni
postado em 14/04/2023 14:36 / atualizado em 14/04/2023 14:36
 (crédito:  Ed Alves/CB/D.A Press.)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press.)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acesso a documentos e relatórios do âmbito do inquérito aberto que investiga a prática de omissão imprópria de policiais militares nos atos de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes.

O documento, enviado pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, Carlos Frederico Santos, deseja examinar o material e, consequentemente, “formar um entendimento completo do quadro probatório” dos fatos investigados. O pedido ocorreu no momento em que a PGR apresentou mais de 1,3 mil denúncias contra manifestantes que invadiram os três prédios. O foco agora é mirar agentes públicos e financiadores.

A PGR argumenta que informações já colhidas pelos investigadores apontam três frentes que potencializaram os atos daquele domingo: o afastamento simultâneo dos principais oficiais da PM no período, a ausência de atuação efetiva dos seus substitutos e omissão dolosa das tropas que estavam em campo no momento das invasões aos prédios públicos.

A petição encaminhada pela procuradoria ao relator do processo no STF é considerada pelo grupo estratégico como "indispensável" para a elucidação dos fatos, além de individualizar quem foi omisso nos atos de vandalismo. “A relação de documentos solicitados inclui, entre outros, o Protocolo de Ações Integradas (PAI) elaborado após reunião integrada realizada em 6 de janeiro, diversos ofícios internos, os pedidos de afastamentos registrados no período, relatórios de inteligência produzidos ou recebidos pelo Comando-Geral ou pelo Centro de Inteligência da PMDF, e os inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Corporação”, escreveu a PGR.

Grupo de informações

Para embasar e sensibilizar Moraes, Carlos Frederico mencionou, na petição, informações disponibilizadas pela imprensa, onde aponta que a alta cúpula da PMDF tinha conhecimento do potencial risco dos ataques. Além disso, de um relatório interno da corporação ainda nos primeiros dias do ano. O grupo de troca de mensagens sobre os integrantes da SSP e o ofício da unidade operacional solicitando a presença do Batalhão de Choque são citados.

O coordenador também pontuou que o titular daquela área da Esplanada dos Ministérios, o coronel e ex-comandante do Departamento de Operações (DOP) Jorge Eduardo Naime, estava de folga, conforme o Correio noticiou.

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