ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO

Aos 63 anos, Brasília é nossa, é de todos! Leia o especial de aniversário

As tribos são muitas e variadas, cada qual no seu quadrado, mas que se conectam pela cidade de todos

José Carlos Vieira
postado em 21/04/2023 03:52 / atualizado em 21/04/2023 03:54
 (crédito: Arquivo CB)
(crédito: Arquivo CB)

No começo era o silêncio, o tédio... a cidade, nos fins de semana, era como a icônica cena do ator francês Jean-Paul Belmondo correndo sozinho pela plataforma da Rodoviária, em 1964, durante as gravações de O homem do Rio. Deserta solidão. Mas a cidade crescia e se misturava com levas de imigrantes vindos de várias regiões do país e do exterior. Muitos em busca de um sonho, outros fugindo de pesadelos. A identidade da capital da esperança começava a se formar, uma realidade contemporânea multifacetada, com diversas cores, matizes, cheiros, ideias e gostos.

Aos 63 anos, Brasília é nossa, é de todos. Hoje, o Patrimônio Cultural da Humanidade conecta-se ao seu povo. Do chorinho aos domingos no Eixão Norte, dos piqueniques no Jardim Botânico, das sessões de cinema no Cine Brasília, dos bares tradicionais... a cidade está tomada de vida. Se reinventa, se reformata, sem perder a vocação traçada por Oscar Niemeyer e Lucio Costa.

A repórter Nahima Maciel destaca, nesta edição, o legado artístico que formou o aspecto urbano e plástico da cidade. Além de Niemeyer e Lucio Costa, nomes como Burle Marx, Marianne Peretti e Lelé, o João Filgueiras Lima são também fundadores de Brasília.

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Proteger, destaca Nahima, é verbo que precisa ser constantemente conjugado, na cidade criada para ser o símbolo da modernidade nacional. "A cidade não seria um museu (a céu aberto) se não tivesse uma concepção de que é unitária. Ela tem uma unidade de concepção plástica que a faz diferente, mas está constantemente ameaçada", alerta a historiadora de arte e pesquisadora Graça Ramos. "Essa é a grande diferença para qualquer outra grande cidade do mundo, essa perspectiva livre, mas isso está em constante ameaça. E a questão das escalas, a cada dia, tem mais pressão para romper. Perdendo isso, a cidade se descaracteriza completamente e coloca em risco o título de patrimônio", ressalta.

A ocupação dos espaços e a busca de novos territórios está representado pela reportagem de Pedro Ibarra sobre a Batalha do Museu, há 11 anos, ponto de encontro de rappers vindos de várias regiões do Distrito Federal para uma disputa de versos e ideias. "Aqui é um lugar para todos, independentemente da classe social, cor, gênero, religião… Já ouvimos diversas vezes a frase 'A batalha salvou minha vida'. E eu posso afirmar que isso é real", conta Lolly Farias, a responsável pela organização da Batalha atualmente.

As tribos são muitas e variadas, cada qual no seu quadrado, mas que se conectam pela cidade de todos.

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