Justiça

Luiz Estevão é indiciado pela PCDF por bater em traseira de carro e fugir

Empresário e ex-senador é acusado de ter batido em um carro e fugido do local, em um acidente próximo ao túnel de Taguatinga. A Polícia Civil do DF propôs o indiciamento por Luiz Estevão infringir um artigo de trânsito

Pablo Giovanni
postado em 19/04/2023 18:03 / atualizado em 19/04/2023 18:03
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O ex-senador Luiz Estevão foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) após ter provocado um acidente em uma avenida de Taguatinga. O ex-parlamentar teria atingido a traseira de um veículo e fugido do local, deixando o proprietário do outro carro no prejuízo.

O caso ocorreu em 20 de dezembro do ano passado, por volta das 17h. Segundo a vítima, Luiz Estevão colidiu com o carro dele — uma Mercedes — no Fiesta, pouco antes do túnel de Taguatinga — batizado de Túnel Rei Pelé —, sentido Brasília. A vítima relata que o trânsito estava congestionado no momento e, ao descer do carro, reconheceu o empresário. Luiz Estevão, então, disse que pararia logo adiante. No entanto, o empresário seguiu por outro caminho e não parou mais.

"Assim sendo, deixei ele passar na minha frente. Quando ele chegou em cima do viaduto, ele passou para o outro lado da pista e fugiu. Eu segui ele por um tempo, falando para ele parar. No entanto, ele foi uma pessoa extremamente grosseira, falando alguns palavrões para mim e tentou jogar o carro em cima do meu", disse a vítima, que pediu para não se identificar.

O homem, ao lado da esposa, registrou boletim de ocorrência na 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) contra o empresário. O senador, cassado em 2000, foi indiciado em base do artigo 305 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), quando o condutor do veículo foge do local da ocorrência, se livrando da responsabilidade.

O caso chegou às mãos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que vai avaliar se oferece ou não denúncia contra o dono do portal de notícias Metrópoles. A reportagem entrou em contato com o empresário. Luiz Estevão disse que não tem ciência do indiciamento proposto pela PCDF. "Esse acidente nunca ocorreu. A história é teratológica", esclareceu.

Regime aberto

Desde julho de 2021, o empresário cumpre pena de 26 anos pelos crimes de peculato, estelionato e corrupção ativa, em regime aberto, quando também deixou de usar tornozeleira eletrônica. Luiz Estevão foi preso após o escândalo da construção do fórum do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. 

À época, a decisão da juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP-DF), entendeu que o empresário fazia parte do grupo de risco da covid-19. Além disso, ele também cumpria requisitos que possibilitaram a progressão do cumprimento da pena para o regime aberto, como ter cumprido mais de um sexto da pena total.

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