GREVE

Após reunião com deputados, Sinpro e GDF reabrem negociações

Audiência entre representantes dos professores e do governo está marcada para a próxima quarta-feira (10/5)

Laezia Bezerra
postado em 08/05/2023 21:10 / atualizado em 08/05/2023 21:12
 (crédito: Carlos Gandra/CLDF)
(crédito: Carlos Gandra/CLDF)

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) e o governo do Distrito Federal (GDF) vão retomar as negociações na próxima quarta-feira (10/5), às 9h30, no Palácio do Buriti. A audiência foi proposta pelo líder do Governo, deputado Robério Negreiros (PSB), durante uma reunião na Câmara Legislativa com a participação de representantes do sindicato e de 14 parlamentares. O encontro no Buriti será entre a comissão de negociações do Sinpro e os secretários da Casa Civil, Gustavo Rocha, de Educação, Hélvia Paranaguá, e de Planejamento e Orçamento e Administração, Ney Ferraz. 

Na reunião, o presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB) destacou que a greve é um direito constitucional e que a judicialização não ajudou em nada nesse momento. "Foi um desrespeito com a Câmara Legislativa, que estava ajudando na composição. Buscávamos o diálogo e o governo tomou uma atitude inesperada", afirmou Wellington Luiz. "A Casa está preocupada em resolver essa situação para que os alunos não fiquem fora da escola, mas a atitude do governo é contrária ao que já havia sido negociado com parlamentares", completou.

Veja vídeo do pronunciamento do presidente da CLDF


Para o presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (Cesc), Gabriel Magno (PT), o papel da Câmara é se colocar como Poder Legislativo para mediar e tentar ajudar no desfecho do impasse. "Agora, fica a cargo do governo apresentar uma contraproposta aos professores, para que possamos ter uma solução", avaliou.

Luciana Custódio, diretora do sindicato, afirmou que o GDF nunca esteve aberto ao diálogo. "Todas as portas do sindicato estiveram sempre abertas, mas o governo fechou os olhos", disse. De acordo com Luciana, o Sinpro recebeu a notificação judicial determinando o fim da greve, mas o jurídico vai recorrer da decisão. "Há um descumprimento legal de um direito constitucional, o direito a greve. Lamentamos a judicialização, mas não é isso que vai colocar fim a greve, ela só termina em assembleia e não com multa e Justiça", declarou.

Memória

A greve começou na última quinta-feira (4/5). No mesmo dia, o GDF entrou na Justiça para pedir a abusividade da paralisação. No domingo (7/5), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) atendeu o GDF e determinou a retomada das aulas.

A próxima assembleia geral dos professores está marcada para quinta-feira (11/5), às 9h30.

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