ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Distritais entram em atrito após discussão sobre acampamento de bolsonaristas

Os deputados distritais Hermeto (MDB) e Paula Belmonte entraram em atrito durante a CPI da CLDF. O relator ironizou, afirmando que a deputada defendeu o QG do Exército

Pablo Giovanni
postado em 11/05/2023 12:38 / atualizado em 11/05/2023 15:31
 (crédito: TV Distrital)
(crédito: TV Distrital)

A interrupção da deputada Paula Belmonte (Cidadania), após uma das perguntas do relator da CPI dos Atos Antidemocráticos, Hermeto (MDB), ao ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Augusto Vieira, colocou os dois parlamentares em atrito na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Enquanto os dois discutiam, Hermeto falou que não tem nada a esconder durante as suas perguntas ao depoente. Hermeto, então, exaltou e disparou contra a colega de parlamento, afirmando que quem está tentando “esconder o acampamento não sou eu (Hermeto)". "Deputada, quando você estiver a palavra você fala. A senhora não está com a palavra. Não tenho nada a esconder. Quem está tentando esconder o acampamento não sou eu não", disparou. Veja o vídeo.


O caso, citado de forma indireta pelo deputado, faz referência a uma declaração da parlamentar durante o depoimento do ex-comandante de Operações da PMDF Jorge Eduardo Naime, em 16 de março. À época, Belmonte defendeu o acampamento de bolsonaristas no Quartel-General do Exército, e citou que os pais dela estavam no QG.

CPI da CLDF

O ex-comandante-geral Fábio Augusto Vieira é ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O oficial é investigado em um inquérito por omissão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

Vieira era comandante da corporação nos ataques aos prédios dos Três Poderes. O coronel chegou a ser preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, em 10 de janeiro. No 1° Regimento de Polícia Montada, o ex-comandante permaneceu até 3 de fevereiro, quando Moraes decidiu seguir determinação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu sua liberdade.

O requerimento, proposto pelo deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP), foi aprovado para a CPI ouvir do coronel detalhes sobre a atuação da corporação nos ataques de 12 de dezembro e de 8 de janeiro, que estava com o baixo efetivo, além da existência de uma suposta "guerra" interna pelo comando da PM.

Exonerado em 11 de janeiro, Vieira foi substituído ao coronel Klepter Rosa, que deve ser ouvido pelos distritais em 29 de junho. 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação