fecundidade

Menos crianças nasceram no Distrito Federal no período de pandemia

Entre 2011 e 2022, o número de filhos nascidos de mães residentes no DF apresentou uma considerável redução, principalmente no período pandêmico, diz o levantamento IPEDF lançado nesta quinta-feira (11/5)

Correio Braziliense
postado em 11/05/2023 18:19
 (crédito: FreePick/Reprodução)
(crédito: FreePick/Reprodução)

Entre 2011 e 2022, o número de filhos nascidos de mães residentes no DF apresentou uma considerável redução, principalmente no período pandêmico de 2021 e no pós auge pandêmico de 2022. É o que diz o levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) chamado Informe Demográfico: Nascimentos e o Perfil das Mães no DF, contendo dados sobre o número de nascimentos na capital antes, durante e após o período mais crítico da pandemia de covid-19.

No primeiro ano avaliado (2011), esse quantitativo era de 43.469, e no último ano do comparativo (2022), de 35.136 — ou seja, foram menos 8 mil nascimentos nesse período.

A Taxa de Fecundidade Total (TFT) no DF entre 2011 e 2019 caiu 4%. Já em 2021, essa porcentagem foi 2,5 vezes maior, apresentando queda de 10%. Em 2022, o comportamento de queda seguiu persistente. No entanto, contraposto ao ano anterior (2021), foi de 7%.

Quando comparado à média nacional, a capital federal apresentou a menor TFT em 2021. Nesse mesmo ano, as taxas de fecundidade em todas as 27 unidades da Federação variaram entre 1,45% (DF) e 2,40% (Roraima).

Fecundidade por faixa etária

Em todos os anos avaliados, foi possível notar que houve um aumento no número médio de filhos de mulheres do grupo de 40 a 44 anos e redução nos de 15 a 19 e de 20 e 24. Entre as mães adolescentes de 15 a 19 anos, a queda foi de 53%, passando de 50 para 24 filhos nascidos vivos a cada 1 mil mulheres. Por outro lado, o aumento para o maior grupo de 40 a 44 anos foi de 23%.

Por região administrativa

A maior proporção de mães adolescentes entre 15 e 19 anos se encontra nas regiões administrativas (RAs) de menor renda, como SCIA/Estrutural, Sol Nascente/Pôr do Sol e Varjão, enquanto a menor proporção para essa faixa etária é observada em regiões de renda alta, como Lago Sul, Sudoeste/Octogonal e Jardim Botânico. O mesmo comportamento para as mães de 20 a 29 anos.

Já a maior concentração de mulheres de 40 a 44 anos com filhos nascidos vivos está nas regiões de alta renda (Lagos Sul e Norte e Sudoeste/Octogonal), assim como a das mulheres em idade avançada para o período reprodutivo (40 a 49 anos).

Os partos

Segundo dados do Sistema de Informação sobre nascidos vivos do Ministério da Saúde, em 2022, 55,7% dos partos no Distrito Federal foram do tipo cesáreo. As regiões administrativas Lago Sul e Sudoeste/Octogonal foram as que mais aderiram às cesáreas. Nelas, mais de dois terços dos partos foram cirúrgicos com 69% e 66,5%, respectivamente. Em relação ao chamado parto normal, se destacam as RAs com menores rendas, como Pôr do Sol/ Sol Nascente (59,3%) e SCIA/Estrutural (56,1%).

Com informações da Agência Brasília

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