CB Saúde

"Desserviço para quem precisa", diz endocrinologista sobre diretriz da OMS

Ao C.B Saúde, endocrinologista falou sobre a importância de ler os rótulos dos produtos alimentícios e comentou sobre o posicionamento da OMS em relação ao uso de adoçantes

José Augusto Limão *
postado em 18/05/2023 16:03
 (crédito:  Mariana Lins )
(crédito: Mariana Lins )

O uso de adoçantes e açúcar foi o tema do CB.Saúde — parceria entre Correio e TV Brasília — desta quinta-feira (18/5). À jornalista Carmen Souza o endocrinologista e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metaboligia/DF, João Lindolfo Cunha Borges, diz não concordar com a nova diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS) que recomenda que pessoas com foco no controle e perda de peso parem de consumir adoçante.

O médico explicou que a nova diretriz foi um desserviço para a população mundial e acredita que a OMS deve voltar atrás no posicionamento. "Nós temos hoje, só no Brasil, mais ou menos 10% da população adulta com diabetes. Não estou falando das pessoas que precisam fazer dieta. A gente sabe que 62% da população adulta brasileira tem excesso de peso, e são indivíduos que usam o adoçante calórico ou não calórico”, aponta. Para o profissional da saúde, mesmo com a recomendação, a população deve continuar fazendo uso de adoçantes em suas refeições. “Eu acho que fazer dieta já é tão difícil, é torturante algumas vezes, e você restringir o poder do adoçante ali, eu acho que é complicado”, comenta.

O endocrinologista salienta que é preciso ficar atento aos rótulos dos produtos, já que alguns elementos que podem fazer mal para o consumidor podem estar ali presentes. “O brasileiro não tem o hábito, quando você vai pra Europa, Estados Unidos você vê que eles leem o rótulo, eles sabem direitinho o que tem ali. Se a gente lesse mais rótulos eu acho que isso seria uma coisa boa para a alimentação”, declara. João lembra que o ideal seria que a população em geral parasse de consumir qualquer tipo de açúcar, mas entende que, por causa de uma questão cultural, essa mudança é muito difícil.

*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel

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