O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai direcionar dois procuradores ao Distrito Federal para ajudar na análise de processos da Operação Lava-Jato enviados ao Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF).
Aras comunicou ao procurador eleitoral Zilmar Drumond, em encontro nesta terça-feira (30/5), que irá realocar os procuradores com experiência na Lava-Jato, além de assessores, para auxiliar os juízes das zonas 1° e 11° — escolhidas pelo presidente do TRE-DF, desembargador Roberval Belinati, para tratar sobre a operação.
O TRE-DF recebeu 60 processos da Operação Lava-Jato, e a expectativa é de que chegam ainda mais, que relacionam empreiteiros, advogados, políticos, entre outros, no que é chamado de a maior investigação sobre corrupção realizada no Brasil.
Falta braço
Um dos grandes enigmas dentro do tribunal e no MP Eleitoral do DF é de que não há pessoal suficiente e nem preparado para cuidar da magnitude desses processos, que são de cunho criminal. Por isso, Aras encaminhará os procuradores, para auxiliar com experiência no andamento dos processos junto aos juízes.
A situação foi revelada por Belinati em participação ao CB.Poder, conduzido pela colunista Ana Maria Campos, no mês passado. Na época, o presidente do tribunal explicou que os juízes das duas zonas também reiniciaram processos da operação, que estavam aguardando competência para serem julgados.
Os processos foram enviados pela Justiça Federal, Supremo Tribunal Federal (STF) e de grande parte da Vara Federal Criminal de Curitiba.
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