O general G. Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), deixou vazar um comentário na CPI dos Atos Antidemocráticos, ironizando um deputado bolsonarista na Câmara Legislativa (CLDF). Após o parlamentar dizer que não faria mais perguntas por conta do pouco tempo, o general respondeu, sem saber que o microfone ainda estava ligado: "Que bom", em um tom irônico.
Cada deputado titular na comissão tem 25 minutos para fazer questionamentos aos depoentes. O deputado Joaquim Roriz Neto (PL) questionou o general sobre o porquê do pedido de demissão após a divulgação das imagens em que o general aparece dentro do Palácio do Planalto nos atos de 8 de janeiro. G. Dias, então, disse que tomou a decisão por livre espontânea vontade porque não queria ver o nome dele envolvido em âmbito político.
O general acabou emendando em um novo tema, elogiando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar, então, declarou que respeita a opinião, mas que ele não teria perguntado o posicionamento dele. Com pouco tempo, Joaquim afirmou que não faria mais perguntas porque o tempo dele estava curto, e Dias deixou escapar um comentário. Veja o vídeo.
CPI
O ex-GSI do presidente Lula seria ouvido na manhã de quinta-feira (15/6) passada, mas pediu adiamento da oitiva dias antes. Na justificativa, disse ao presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), que pretendia prestar um depoimento robusto, mas que, para isso, queria comprovar que não falsificou documentos, conforme noticiado pelo Correio no início do mês.
Após o depoimento de G. Dias, a CPI entrará na última semana de atividades antes do recesso parlamentar. Em 29 de junho, o acusado de tentar explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro passado, Alan Diego dos Santos, será ouvido.
Para que os trâmites de depoentes presos seja facilitado, a CPI ingressou com um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, que acatou e liberou a presença de policiais militares, além do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid.
Além da CPI da CLDF, G. Dias é convocado para prestar depoimento na CPMI de 8 de janeiro.
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