A Junina Formiga da Roça, de São Sebastião, venceu a segunda etapa do tradicional circuito da Liga de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (Linqdfe). O resultado do Grupo Especial foi divulgado na madrugada desta segunda-feira (26/6), no arraial montado no estacionamento Administração Regional do Paranoá. O grupo apresentou o espetáculo A Cruz Sagrada, seja a minha luz, que trouxe para o arraial uma abordagem sobre as questões de combate à intolerância religiosa.
Em segundo e terceiro lugar, ficaram as juninas Arroxa o Nó e Amor Junino, respectivamente. A disputa continua no próximo final de semana com a grande final, dias 30 de junho, 1 e 2 de julho, no estacionamento do Estádio Augustinho Lima, em Sobradinho.
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Já no grupo de Acesso, a campeã da etapa foi a Mala Véia. Em segundo e terceiro lugar ficaram as juninas Caipirada e Tico Tico no Fubá. A disputa continua no próximo final de semana com a grande final, dias 30 de junho, 1 e 2 de julho, no estacionamento do Estádio Augustinho Lima, em Sobradinho.
Confira a colocação das quadrilhas do grupo especial
- Formiga da Roça
- Arroxa o Nó
- Amor Junino
- Arraiá dos Matutos
- Ribuliço
Confira a colocação das quadrilhas do grupo de acesso
- Mala Véia
- Caipirada
- Tico Tico no Fubá
- Xique Xique
- Vai mas não vai
Segunda etapa reuniu mais de 30 mil pessoas nesse fim de semana
A segunda etapa do tradicional Circuito da Liga de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (Linqdfe) levou mais de 20 grupos até o arraial montado no estacionamento da Administração Regional do Paranoá, no fim de semana. As categorias Acesso e Especial encantaram as arquibancadas com seus grandiosos espetáculos. Encenações que evidenciaram a fé, o respeito à diversidade e a identidade nordestina embalaram as noites de apresentações. O evento reuniu mais de 30 mil pessoas nos três dias.
Os grupos Tico Tico no Fubá, Mala Véia, Caipirada, Fornalha e Vai mas não vai se apresentaram na sexta-feira. Na categoria Acesso, eles disputavam duas vagas para o grupo Especial. "Estamos aqui tentando voltar ao módulo especial com muita disciplina, muita vontade e muita garra. Eu estou feliz demais por viver esse momento e perpetuar a cultura popular", disse Ramon Gonçalves, noivo da junina Mala Véia, a quadrilha mais antiga em atividade do Distrito Federal.
No sábado, noite de São João, foi a vez do primeiro bloco de juninas do grupo Especial entrar em cena. Se apresentaram os grupos Ribuliço, Coisas da Roça, Eita Bagaceira, Xem Nhem Nhem, Amor Junino, Sanfona Lascada, Caboclos do Sertão e Arraiá dos Matutos. "Muita gente acha que quadrilha é apenas espetáculo, mas não é. É uma correria muito grande, são meses de ensaio. Nossos encontros começaram em janeiro, mas a comissão para a produção teve início em novembro. O esforço vem em muitos encontros. Para vocês terem uma noção, para estar aqui às 19h, tivemos que sair da Expansão do Setor O, em Ceilândia, às 15h. Tudo para fazer um excelente espetáculo. O que eu peço é que valorizem o movimento", falou Maria Eduarda, noiva da junina Ribuliço.
O segundo bloco — composto pelas juninas Chinelo de Couro, Pinga em Mim, Arroxa o Nó, Matingueiros do Sertão, Formiga da Roça, Xamegar e Rasga o Fole — se apresentou ontem.
Raízes e influências
As juninas do Distrito Federal e Entorno trazem em sua essência as raízes e as influências de vários estados brasileiros. Missão difícil para os jurados que precisam pontuar coreografia, marcador, animação, casal de noivos, trilha sonora e figurino. A coordenadora da banca de avaliação, Alexa Guerra, contou que é preciso estudar muito o movimento junino no Brasil para avaliar os grupos da capital. "É importante conhecer a referência de cada estado visto que Brasília reúne todos eles. Este ano, tivemos um curso de avaliação para formadores com pessoas de vários estados brasileiros. Elas ministraram palestras falando sobre o movimento junino. São pessoas renomadas do universo dos brincantes e também do campo acadêmico", observou.
Sobre o processo avaliativo, Alexa acrescenta que a atenção está no qualitativo. "A gente sabe que a avaliação é classificatória, porém respeitamos as identidades e buscamos avaliar com olhar formativo o que é positivo e o que a junina precisa para crescer. A gente nunca faz a classificação direcionada aos defeitos, mas aos aspectos de crescimento. Isso é o que conduz o nosso trabalho. O avaliador não é o detentor da sabedoria, mas utiliza o olhar técnico para o crescimento do trabalho", explicou.
A terceira e última fase ocorrerá neste fim de semana, de sexta a domingo, no estacionamento do Estádio Augustinho Lima, em Sobradinho. A vencedora, além de se consagrar campeã no Distrito Federal, terá a oportunidade de representar o quadradinho no concurso nacional promovido pela Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas (Confebraq), que este ano ocorrerá em 8 e 9 de julho, na cidade de Canaã dos Carajá, no Pará.
O presidente da Linqdf, Márcio Nunes, ressalta que, por onde passa, o circuito vem conquistando o público geral. "São pessoas que admiram o movimento e os espetáculos das quadrilhas. Já os grupos vêm se superando a cada ano. Acreditamos que a liga tem uma grande importância no cenário cultural do DF. Este ano, ela completa 23 anos de história. São 23 anos de história e de circuitos ininterruptos. Uma instituição consolidada e sólida", observa.
Sobre a Liga
A Liga de Quadrilhas do Distrito Federal e Entorno tem um importante trabalho de promoção, divulgação e perpetuação da cultura popular na capital do Brasil e regiões administrativa. A instituição é filiada à Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas (Confebraq). "Acreditamos que a liga tem uma grande importância no cenário cultural do DF. Nesse tempo, a gente vem percebendo que o público nas arquibancadas estão cada vez maiores. São pessoas que admiram o movimento e os espetáculos da quadrilhas. É um evento que agrega muito no cenário cultural do DF", reforçou Márcio Nunes.
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