A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) lançou, nesta quarta-feira (8/11), uma parceria com a Uber Brasil e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com o objetivo de enfrentar a violência contra as mulheres no Distrito Federal, oferecendo transporte gratuito às vítimas de violência doméstica. A iniciativa tem um prazo de duração de um ano, com 35 voucher por mês para o DF.
Além do transporte, também está disponível a assistente virtual Ângela, que conta com serviços de acolhimento e apoio a essas mulheres. Essa ferramenta pode ser acessada através do número (11) 9 4494-2415. O serviço é gratuito e para todo o Brasil, funcionando de segunda a sexta-feira (exceto em feriados), das 8h às 18h.
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De acordo com Sandro Avelar, secretário de segurança pública do DF, a meta é feminicídio zero. "Nós temos que criar projetos para que as mulheres não precisem continuar residindo com os agressores. Sem essas ajudas, como que a gente pode falar para as vítimas saírem de casa, sem ter condições para tal ação? Esse esforço deve ser conjunto", salienta.
O secretário comenta que para esse tipo de violência, é necessária uma mudança cultural. “Não é só uma atuação das forças de segurança pública ou das áreas do estado que vão dar uma solução para isso. É preciso que nós educamos nossas crianças, fazer com que nossos menininhos respeitem nossas menininhas”, concluiu.
A Secretária da Mulher, Gisele Ferreira, destaca que estão largando à frente com a parceria. “Não podemos colocar policiais em cada casa, então temos que buscar esse tipo de apoio. Nós não queremos mais ficar dando os dados de feminicídios. Devemos trabalhar na prevenção", destaca. Segundo ela, é de grande importância esse apoio para as mulheres que não tem sequer como pagar o transporte para sair de casa.
Analu Cordeiro dos Santos, gerente de relacionamentos governamentais da Uber, destaca a importância dessas ações e comenta que, quando o assunto é segurança, às populações mais vulneráveis são as mais impactadas. “Me refiro aqui à comunidade LGBTQIAP+, às pessoas negras, às pessoas com deficiência e às mulheres”, relata. Ela comenta que a parceria firmada, nesta quarta-feira, foi mais um passo significativo na busca por soluções que auxiliem mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
*Estagiário sob a supervisão de Suzano Almeida