Atos antidemocráticos

Torres é poupado, mas CPI pede indiciamento de ex-número 2 da SSP

Relator da CPI decidiu poupar Anderson Torres, mas pediu o indiciamento de um dos integrantes nomeados pelo ex-ministro de Bolsonaro em janeiro

Anderson Torres estava nos Estados Unidos no dia 8 de janeiro -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A.Press)
Anderson Torres estava nos Estados Unidos no dia 8 de janeiro - (crédito: Ed Alves/CB/D.A.Press)
postado em 29/11/2023 07:08

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, não está entre os pedidos de indiciamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF). O relatório será lido nesta quarta-feira (29/11). 

A ausência do ex-secretário na lista já era esperada, apesar dele ter sido apontado como um dos grandes responsáveis pelo 8 de janeiro, já que estava nos Estados Unidos na data. Apesar de Torres ter sido poupado, o ex-número 2 da pasta, Fernando de Sousa Oliveira, nomeado pelo ex-secretário no início de janeiro, foi responsabilizado por Hermeto (MDB).

Ao lado de Oliveira, o relatório também pede o indiciamento da subsecretária de operações da SSP, Cintia Queiroz. Conforme o Correio mostrou hoje cedo, pesou contra a dupla a participação deles em uma reunião, na sede da SSP, as vésperas do 8 de janeiro, com integrantes da Polícia Federal.

No encontro, ambos ouviram solicitações dos policiais federais, como uma grande preocupação com a mobilização de pessoas em direção a Brasília.

O diretor-geral Andrei Passos, nesse encontro, teria externado a preocupação, porque a equipe de inteligência do órgão teria identificado o movimento, que teria o objetivo de ocupar a Esplanada dos Ministérios e contestar as urnas eletrônicas. Como solução, a PF indicou o isolamento da Esplanada — não sendo aderido pelo secretário-executivo.

Oliveira chegou a prestar depoimento à CPI, mas não citou em nenhum momento o encontro com a cúpula da PF. Ele foi um dos primeiros depoentes a ser ouvido pelos distritais, e explicou que só seguiu o que estava determinado no Protocolo de Ações Integradas (PAI) de 6 de janeiro.

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