CPI DOS ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Avelar assegura permanência de coronel indiciada na CPI em equipe da SSP

Coronel Cíntia Queiroz é uma das indiciadas da CPI dos Atos Antidemocráticos. Apesar da decisão da CPI, secretário de segurança do DF assegura a permanência da oficial na SSP

 Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
postado em 29/11/2023 19:46

Apesar do indiciamento da subsecretária de Operações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), coronel Cíntia Queiroz, na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa, o secretário de segurança do DF, Sandro Avelar, assegurou que a oficial continuará na equipe da pasta. A informação foi confirmada por Sandro Avelar ao Correio.

O que baseou o indiciamento de Cíntia foi uma reunião que ocorreu às vésperas dos atos de 8 de janeiro, entre integrantes da Polícia Federal e da SSP-DF na sede da pasta, em Brasília. Nesse encontro, além de policiais federais, como o diretor-geral da PF, Andrei Passos, esteve presente Fernando de Sousa Oliveira, que também consta no rol de indiciados e é ex-número 2 do ex-secretário Anderson Torres.

Das 444 páginas do relatório final elaborado pelo deputado Hermeto (MDB), lido e aprovado pelos distritais, a única modificação é a retirada do nome do ex-GSI, general Gonçalves Dias, o G. Dias. O resultado foi apertado, com 4 votos favoráveis ao destaque apresentado pelo deputado Chico Vigilante (PT), e três contrários.

Bolsonaro é citado, mas escapa de relatório

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi citado 40 vezes no relatório final da CPI da CLDF. Apesar disso, o ex-presidente da República não consta na lista de 135 indiciados da comissão.

No documento, o relator mostra que apoiadores do ex-presidente, de novembro de 2022 a 8 de janeiro de 2023, foram às portas de quarteis e fecharam rodovias.

A CPI concluiu que não foi possível encontrar evidências sólidas ou informações concretas que possam incriminar Bolsonaro, mas Hermeto salientou que o ex-presidente “construiu uma narrativa que tentou descredibilizar as eleições no Brasil, reiterando, sistematicamente, sobre a possibilidade de fraude às urnas eletrônicas”.

“Com esse roteiro, Bolsonaro conseguiu instilar, em seus eleitores, uma visão simplificada da realidade política criada, em parte, pela desinformação. Estabelecendo uma dicotomia entre princípios e valores positivos e negativos ele moldou, em seus seguidores, a percepção de que sua não reeleição seria fruto do cenário por ele mesmo delineado durante todo seu mandato”, escreveu o relator.

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