Incêndio

Após explosão, moradores retiram objetos no prédio do Noroeste

Na manhã desta quinta-feira (7/12), os moradores do prédio no qual ocorreu a explosão no Noroeste puderam retornar ao prédio para recuperar objetos pessoais

Moradores retornaram ao prédio para recuperar pertences -  (crédito: Marcelo Ferreira//CB/D.A Press)
Moradores retornaram ao prédio para recuperar pertences - (crédito: Marcelo Ferreira//CB/D.A Press)
postado em 07/12/2023 11:57

Após o susto da explosão em um apartamento no bloco B do condomínio Sunset, na Quadra 510, no Noroeste, os moradores do prédio estiveram no local para retirar algumas mobílias e itens pessoais, na manhã desta quinta-feira (7/12). O incêndio, ocorrido nesta quarta-feira (7/12), que teve início por conta de um vazamento de gás, deixou um morador com cerca de 70% do corpo queimado. Ele foi levado em estado grave para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

  • Após explosão, moradores retornam ao prédio no Noroeste para retirar objetos
    Após explosão, moradores retornam ao prédio no Noroeste para retirar objetos Marcelo Ferreira//CB/D.A Press
  • Após explosão, moradores retornam ao prédio no Noroeste para retirar objetos
    Após explosão, moradores retornam ao prédio no Noroeste para retirar objetos Marcelo Ferreira//CB/D.A Press
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    Após explosão, moradores retornam ao prédio no Noroeste para retirar objetos Marcelo Ferreira//CB/D.A Press

Morador do terceiro andar, Ricardo Kalume, 54 anos, havia se mudado há 20 dias para o prédio. Ele foi até o local para ver o estado do apartamento e tentar solucionar o problema da tranca da porta, pois, com o a força da explosão e a busca dos bombeiros por vítimas, todas as unidades tiveram a porta arrombada. “Eu tinha saído 30 minutos antes da explosão. O proprietário me avisou, mas o meu apartamento não teve muitos danos além da porta, do gesso e água que entrou, porque a unidade da frente pegou fogo totalmente”, relatou o servidor público.

Ricardo conta que não chegou a ir no primeiro andar do bloco para ver o estrago causado. “O susto foi muito grande, mas também tem a chateação com isso tudo. E infelizmente teve um morador que ficou muito machucado”, comentou. “Agora estou na casa da minha prima e isso causa um transtorno, mas a parte material, o seguro vai cobrir”, disse o inquilino. Ele entrou na unidade para pegar o computador e alguns outros pertences. “Não tem muito o que fazer. Não sabemos quando vai liberar”, concluiu.

Além de Ricardo, outros moradores passaram pelo local carregando malas e mobiliários. Uma moradora, também do 3° andar, que preferiu não se identificar, disse ter saído pouco antes da explosão para uma consulta. Ela relatou que voltou no fim da tarde e precisou subir com uma lanterna para pegar roupas e itens pessoais para poder dormir fora de casa. “Entrei morrendo de medo, ainda tinha cheiro de fumaça”, recordou. “Está sem água, energia e gás, então é insustentável ficar”, contou.

A moradora disse que passou a noite na casa da irmã. “Ontem, eu ia renovar o meu contrato à noite, mas aconteceu isso e agora acho que vou desocupar, ficar uns dias na casa dos meus pais até arranjar outro lugar para morar”, comentou a inquilina. Ela relatou ainda que está entrando de férias e tinha uma viagem marcada para esta sexta-feira (8/12), mas por conta do ocorrido acredita que nem consiga ir e ficará para resolver as pendências.

Segundo alguns moradores relataram ao Correio no dia do incêndio, foi possível sentir cheiro de gás e logo o sistema de gás foi desligado, mas a medida não impediu a explosão do apartamento 131. Na unidade, morava Felipe Bento Nunes Gonçalves, que segue em estado grave no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Ele teve 70% do corpo queimado, de acordo com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF).

De acordo com a síndica do prédio, Isaura Andrade, Felipe Foi socorrido com rapidez e chegou a sair andando do local do incêndio, mas apresentava ferimentos muito graves. “Eu falei com a médica que atendeu ele e ela disse que o Felipe passou por uma cirurgia e o estado é grave. Estou aguardando por mais notícias”, destacou. O morador morava sozinho na unidade que explodiu.

Providências

Na manhã desta quinta-feira (7/12), o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do DF (Crea-DF) e a seguradora responsável pelo prédio estiveram no local para avaliar a situação e verificar as condições do imóvel. O prédio, contando os dois blocos, tem 114 apartamentos. Quatro unidades ficaram totalmente destruídas.

Ainda segundo a síndica, o prédio precisou ser evacuado para que os bombeiros fizessem o trabalho de vistoria. “A perícia foi feita ontem, mas eles estão trabalhando aqui hoje também. Então, optamos por evacuar o prédio para não circularem pelos corredores”, ressaltou Isaura, completando que os moradores poderão retornar às unidades para pegar objetos.

Após vistoria nesta quarta-feira (6/12), a Defesa Civil tomou a medida preventiva de interditar a edificação. Também emitiu um termo de interdição com as exigências para que o responsável contrate empresa ou profissional habilitado para emitir laudo técnico que ateste a segurança do prédio. A Defesa Civil também exigiu o escoramento imediato do 1°, 2° e 3° andares do Bloco B, e permitiu a entrada de pessoas até que a segurança seja avaliada por engenheiro responsável pelo local. A 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) investiga o caso.

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