
Após 18 dias internado à espera de uma cirurgia no coração, o jornalista e radialista José Renato Penna Esteves Júnior, de 65 anos, recebeu alta, na tarde desta sexta-feira-feira (15/12), do hospital particular da Asa Sul, onde foi atendido. Depois de uma disputa judicial com o plano de saúde Unimed e no dia seguinte à publicação de reportagem do Correio, ele conseguiu passar pelo procedimento nessa quarta-feira (13/12).
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José Renato entrou na Justiça do DF contra a empresa, que perdeu em duas instâncias pela indenização por dano moral, serviços hospitalares e cirurgia. Esposa do jornalista, a paisagista Vanessa Massaud, 46, a se sente aliviada com o sucesso do procedimento médico. "Ele está acordado, meio 'grogue' com a anestesia. Agora é esperar recuperar da anestesia, aí ele vai para o quarto (de enfermaria)", explica.
Relembre o caso
O radialista tem causa ganha em primeira e segunda instância no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), mas a empresa não havia bancado a cirurgia. A Corte impôs uma multa diária de R$ 500 em novembro e uma de R$ 1 mil em dezembro.
Em 2015, José fez uma cirurgia de revascularização. Na época, o cardiologista pediu outro procedimento, mas que fosse feito com uso de catéter por ser mais seguro. "Ele vinha tendo sintomas, como falta de ar, muito cansaço para fazer atividades básicas como caminhar. Ele tinha dor no peito também. Saía do banho e parecia que tinha corrido uma maratona", diz a esposa, Vanessa.
Vanessa detalha que a Unimed autorizou o uso de todos os materiais, mas negou o procedimento da troca da válvula porque o hospital particular onde José está internado não é credenciado para realizar essa cirurgia e nem credenciado para internação.
“Mas o meu marido está internado por autorização do plano de saúde. A gente questiona isso, e o pessoal da Unimed diz que essa negativa é um erro do sistema, pois a cirurgia está autorizada. Mas no sistema do hospital com a Unimed aparece o procedimento negado”, informa a esposa do paciente.
Saiba Mais
Indignada com o caso, a esposa do radialista registrou três denúncias na Organização Mundial da Saúde (OMS). “Estou sem saber o que fazer, porque o meu marido paga o plano de saúde Unimed Nacional CNU regularmente. Todos os meses a gente paga direitinho e quando precisamos em um caso de vida ou morte, não conseguimos ajuda”, desabafa.
Os médicos deixaram José gravar programas de rádio por até 10 minutos para servir como ânimo a ele por ser um momento delicado. O jornalista costuma gravar por três horas.
Em nota, a Unimed informou que a cirurgia de José foi devidamente autorizada em cumprimento à decisão judicial. A empresa acrescenta que não comenta sobre o quadro clínico de seus beneficiários ou informações sobre a conduta médica.
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