CRIME

Saiba quem é o estudante assassinado na Asa Sul

Adolescente de 16 anos foi morto na Asa Sul. Ele estudava no Colégio Militar

Nesta sexta-feira (17/10), o jovem Isaac Vilhena morreu após ser esfaqueado na Asa Sul. Seis adolescentes foram apreendidos no Paranoá, pela Polícia Militar, suspeitos do ato infracional. A vítima foi encaminhada ao Hospital de Base em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos.

Correio apurou que a vítima era estudante do Colégio Militar e morava na 112 Sul. Segundo relataram testemunhas à PMDF e ao Correio, o crime ocorreu por volta das 19h, no parque da Entrequadra 112/113 Sul.

De acordo com relatos de um morador, o jovem — vestido com uniforme escolar — jogava vôlei na quadra com amigos quando o grupo foi abordado por assaltantes. Ele teria corrido atrás dos agressores para tentar reaver seus pertences e acabou atingido no peito por um golpe de faca.

O primeiro atendimento do Corpo de Bombeiros demorou cerca de 30 minutos, e a ambulância, aproximadamente uma hora, segundo relatou o morador, que acionou o socorro por meio do 192. Apesar de todos os esforços, o rapaz não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital de Base.

Os policiais conseguiram encontrar os suspeitos por meio do sistema de rastreamento do celular. Durante a abordagem, cinco adolescentes informaram que o autor da facada estava foragido, mas os militares conseguiram encontrá-lo pouco depois.

Ricardo Montalvão, morador da região, presenciou os momentos após o crime. "Eles (as vítimas) estavam brincando de bola quando foram abordados. É uma situação muito triste", relatou. O servidor público ainda afirmou que ocorrências de arrastão são comuns na região. "Acontece muito desse tipo de crime. Atualmente, toda criança e adolescente precisa de celular. Então, já fica marcado esse tipo de crime", afirmou.

Celular roubado ajudou a encontrar autores

O tenente Magalhães, responsável pela operação que levou à apreensão dos adolescentes envolvidos, explicou como conseguiu localizar os suspeitos. "Um dos celulares, de marca Motorola, estava sendo rastreado. Com isso, conseguimos seguir os indivíduos e realizar a apreensão", afirmou. A apreensão foi realizada após a barragem, no sentido Paranoá.

Ainda segundo o tenente Magalhães, ao realizar a abordagem, cinco adolescentes negaram a autoria da facada, mas afirmaram saber o endereço do autor. "Eles não apresentaram nenhuma resistência. De imediato confessaram a participação no crime e indicaram a localização do autor da facada", acrescentou.

A perícia permanece no local do crime para localizar a faca utilizada pelos suspeitos. 

"Pesar e indignação"

Confira o relato enviado a vizinhos por um morador da quadra que acionou o socorro e prestou assistência ao jovem esfaqueado:

"Peço desculpas por trazer uma notícia tão triste nesta sexta-feira (17/10/25), mas considero importante relatar o que presenciei no início da noite, por volta das 18h30. Eu retornava do trabalho, havia acabado de descer na estação de metrô da 112 Sul e subia em direção à nossa quadra quando uma jovem, em estado de choque, correu em minha direção pedindo ajuda. Dizia que um rapaz havia acabado de ser atacado e que sangrava muito.

Acompanhei-a até a entrada da estação e orientei que procurasse um policial que estava no local. Em seguida, liguei para o 192 solicitando o envio de uma ambulância, mas fui informado de que seria necessário estar junto à vítima para efetuar o pedido. Ao chegar ao parque na entrequadra 112/113 Sul, encontrei o jovem caído no chão, já sem sinais vitais, acompanhado de um colega igualmente em estado de choque.

Alguns moradores começaram a se aproximar, e logo se soube que ele morava no bloco A da SQS 112. Uma moradora tentou realizar compressões torácicas até a chegada dos bombeiros e da equipe do Samu.

A mãe e um irmão chegaram antes do socorro e se desesperaram diante do cenário que encontraram.

O primeiro atendimento do Corpo de Bombeiros demorou cerca de 30 minutos, e a ambulância, aproximadamente uma hora. Apesar de todos os esforços, o rapaz foi removido ao pronto-socorro do Hospital de Base sem sinais de resposta aos procedimentos de reanimação realizados no local.

Segundo testemunhas, o jovem — de apenas 16 anos, vestido com uniforme escolar — jogava vôlei na quadra da entrequadra com amigos de escola quando foram abordados por três assaltantes. Ele teria corrido atrás dos agressores para tentar reaver seus pertences e acabou atingido no peito por um golpe de faca.

Relato este episódio com profundo pesar e indignação. Em meio ao desespero da família e dos vizinhos, causou revolta a demora no atendimento e a ausência imediata das forças de segurança. É fundamental que todos redobremos os cuidados e repensemos a sensação de segurança que às vezes imaginamos ter nesta região.

Meus sentimentos à família. Que esse episódio sirva como alerta e como apelo por mais presença e eficiência do poder público em situações de emergência."

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