Tubo de ensaio

Fatos científicos da semana

Correio Braziliense
postado em 04/09/2020 22:00
 (crédito: Eurokinissi/AFP)
(crédito: Eurokinissi/AFP)

Segunda-feira, 31

Sítio arqueológico escapa de incêndio

O incêndio florestal que atingiu uma área próxima a Atenas não provocou prejuízos significativos no sítio arqueológico de Micenas, um dos mais importantes da pré-história grega. “Os danos são absolutamente mínimos, já que os bombeiros agiram rapidamente e eliminaram a vegetação seca da região”, comemorou a ministra grega da Cultura, a ministra Lina Mendoni, após uma inspeção das ruínas. O fogo começou ao meio-dia de domingo perto da área, construída na Idade do Bronze no Peloponeso. As chamas alcançaram as ruínas próximas ao túmulo do herói homérico Agamenon, rei de Micenas e chefe dos aqueus durante a Guerra de Troia, levando à evacuação imediata de visitantes e funcionários. A cidade de Micenas, de onde se avista a planície de Argólida, no nordeste do Peloponeso, deu seu nome à civilização que floresceu entre 1600 e 1100 a.C. e teve um papel essencial no desenvolvimento da cultura grega clássica.


Terça-feira, 1º

Ultraprocessados favorecem envelhecimento biológico

Estudo apresentado no Congresso Europeu e Internacional sobre Obesidade (Ecoico 2020) mostra que o consumo frequente de alimentos industrializados ultraprocessados favorece o envelhecimento biológico. Publicada no American Journal of Clinical Nutrition, pesquisa foi realizada com 886 espanhóis de mais de 55 anos, levando em conta a ingestão diária desse tipo de comida. Em suas conclusões, o trabalho, que possibilitou medir um marcador do envelhecimento biológico (o comprimento de componentes genéticos chamados telômeros), sugere que uma dieta ruim pode fazer com que as células definhem de forma mais rápida. Anteriormente, a ciência estabeleceu uma relação entre os ultraprocessados, a maioria muito gordurosos, doces ou salgados, com doenças como obesidade, hipertensão, diabetes e alguns tipos de câncer.


Quarta-feira, 2

Degelo no Mar de Bering

Trabalho realizado por cientistas da Universidade do Alasca constatou que o gelo de inverno no Mar de Bering, no Oceano Pacífico, encontra-se no menor nível em 5,5 mil anos. Uma equipe de pesquisadores analisou a vegetação acumulada na Ilha de São Mateus, desabitada. Em particular, avaliou as variações dos átomos de oxigênio chamados de isótopos 16 e 18, cujas proporções ao longo do tempo estão relacionadas às mudanças atmosféricas e oceânicas e às precipitações. Os cientistas estudaram um núcleo de turfa de 1,45 metro extraído da ilha em 2012, que representava 5,5 mil anos de acúmulo. O gelo do Ártico e do Mar de Bering derrete no verão e volta a se formar no inverno, mas as observações de satélite vão apenas até 1979. A vantagem da nova análise, publicada na revista Science Advances, é que ela remonta a muitos anos antes. “O que observamos recentemente não tem precedentes”, escreveu Matthew Wooller, diretor do laboratório Alaska Stable Isotope Facility, que participou da análise.


Quinta-feira, 3

Prosperidade na antiga Jerusalém

Arqueólogos israelenses apresentaram blocos de pedra entalhados de 2.700 anos, que indicam a prosperidade no reino de Judá após a quase destruição da antiga Jerusalém. Com aproximadamente 50cm de largura, os blocos de calcário têm entalhes proto-eólicos quase perfeitamente preservados que lembram chifres de carneiro em espiral. Para os especialistas, esses elementos, conhecidos como capitéis, coroavam pilares no pátio de um edifício que foi completamente destruído. O eólio foi uma das primeiras formas de arquitetura clássica desenvolvida a partir de estilos fenícios, de acordo com a Enciclopédia de História Antiga. As pedras foram descobertas em novembro do ano passado por Yaakov Billig, arqueólogo da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), durante trabalhos preliminares para a construção de um centro de visitantes na orla marítima de Armon Hanatziv, localizada poucos quilômetros ao sul do Cidade Velha de Jerusalém. O reino de Judá durou aproximadamente de 940 a 586 a.C, antes de ser destruído pelo rei babilônico Nabucodonosor.


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