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Fatos científicos da semana

Correio Braziliense
postado em 18/09/2020 21:52
 (crédito: Damien Meyer/AFP - 12/9/20)
(crédito: Damien Meyer/AFP - 12/9/20)

Segunda-feira, 14

OMS prevê agravamento da covid-19 na Europa

O médico belga Hans Kluge, diretor para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS), prevê um cenário desanimador para a covid-19 nos próximos dois meses. “Vai ser mais duro. Em outubro, em novembro, vamos observar uma mortalidade mais elevada”, afirmou, em uma entrevista à agência de notícias France-Presse. A previsão ocorre num momento em que o continente registra uma aceleração dos contágios, mas a taxa de mortalidade permanece estável. O aumento dos óbitos, segundo ele, será consequência do novo surto. “Estamos em um momento no qual os países não têm vontade de ouvir esse tipo de notícia ruim e eu entendo”, afirmou. Ao mesmo tempo, ele citou a “mensagem positiva” de que a pandemia “vai parar em um momento ou outro”.

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Revista científica entra na campanha americana

Pela primeira vez em seus quase dois séculos de existência, a revista especializada Scientific American anunciou apoio a um candidato às eleições presidenciais norte-americanas. A publicação colocou-se ao lado do democrata Joe Biden, diante da “negação” do republicano Donald Trump, que está concorrendo à reeleição, às mudanças climáticas. Em um editorial, a revista afirma que não tomou a decisão levianamente. “Depois de ficarmos 175 anos fora do processo eleitoral, este ano fomos obrigados a fazer isso”, justificou a publicação, fundada em 1845. “O exemplo mais devastador é sua resposta desonesta e inepta à pandemia covid-19”, citou, acrescentando. “Em sua negação da realidade, Trump obstruiu os preparativos dos EUA para a mudança climática, alegando falsamente que isso não existe e retirando-se dos acordos internacionais que objetivam mitigar seu impacto”.

Espermatozoides de 100 milhões de anos

Uma equipe internacional de paleontólogos descobriu em um pedaço de âmbar analisado no Mianmar, no sudeste asiático, alguns espermatozoides fossilizados de um minúsculo crustáceo que teria 100 milhões de anos. São os mais antigos encontrados até hoje, segundo um artigo publicado na prestigiosa revista científica Journal of Royal Society, De acordo com os pesquisadores liderados pelo cientista He Wang, da Academia Chinesa de Ciências, esses espermatozoides pertencem a um ostracode chamadode Myanmarcypris hui, espécie de 500 milhões de anos que mede menos de um milímetro e está atualmente presente em oceanos, lagos e rios. Seu corpo mole é protegido por uma concha calcária do tipo bivalve que geralmente não ultrapassa um milímetro. No período Cretáceo, que começou há 145 milhões de anos e terminou há 66 milhões, os ostracodes estudados provavelmente viviam nas costas do atual Mianmar, onde ficaram presos em um aglomerado de resina de árvore.

Bolsonaro e Trump vencem o IgNobel

 (crédito: Jim Watson/AFP - 7/3/20)
crédito: Jim Watson/AFP - 7/3/20

Os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e dos Estados Unidos, Donald Trump, estão entre os vencedores da 30ª edição do Prêmio IgNobel, que aponta os fatos mais irrelevantes ou inusitados da ciência mundial. Eles receberam a “homenagem” pela forma como conduziram a crise da pandemia do novo coronavírus. Juntos, Brasil e Estados Unidos somam aproximadamente 335 mil mortes pela covid-19, o que representa 35% das vítimas registradas em todo o planeta. Ao longo da maior crise sanitária do último século, os dois presidentes têm sido alvo de críticas de especialistas por refutarem o isolamento social para frear o contágio e defender a cloroquina contra o coronavírus, embora pesquisas provem que o remédio não tem eficácia contra a doença. Também ganharam o prêmio na categoria Educação Médica os líderes Andrés Manuel López Obrador (México), Aleksandr Lukashenko (Bielorrússsia), Narendra Modi (Índia), Vladimir Putin (Rússia) e Gurbanguly Berdimuhamedow (Turcomenistão).

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