Ciência

Cientistas encontram novos reservatórios de água em Marte

Em 2018, evidências de água líquida no Planeta Vermelho já haviam sido identificadas por cientistas que também fizeram parte deste novo estudo

Agência Estado
postado em 30/09/2020 22:13
 (crédito: Robert Magno/Apontador de Estrelas)
(crédito: Robert Magno/Apontador de Estrelas)
Um grupo europeu detectou a existência de diversos lagos de água salgada no polo sul de Marte, segundo estudo publicado na última segunda-feira, 28, na revista Nature Astronomy. O trabalho foi liderado por pesquisadores da Universidade de Roma III.
Em 2018, evidências de água líquida no Planeta Vermelho já haviam sido identificadas por cientistas que também fizeram parte deste novo estudo. Na época, foi encontrado um lago de 20 quilômetros de largura e a pelo menos 1,5 quilômetro de profundidade na região, que ficou conhecido por Ultimi Scopuli.
Na pesquisa publicada esta semana, os autores tentaram expandir essa análise anterior. Para isso, exploraram uma região de 200 por 350 quilômetros quadrados ao redor do local onde o primeiro lago foi detectado. Seus resultados "corroboram a descoberta inicial" de "uma massa estável de água líquida em Ultimi Scopuli", descreve o estudo.
Os pesquisadores acreditam que as áreas úmidas encontradas em Marte são água em estado líquido e as altas concentrações de sal provavelmente estão evitando que a água congele neste local gelado. A temperatura da superfície no polo sul do planeta é estimada em menos 172 graus Fahrenheit (menos 113 graus Celsius) e fica gradualmente mais quente com a profundidade. As condições físicas, geológicas, climáticas e topográficas que permitem a existência dessas massas líquidas ainda são motivo de debate, enfatizaram os cientistas.
Para realizar as pesquisas, a equipe usou o radar Marsis, da Agência Espacial Italiana (ASI), que faz parte da missão Mars Express da Agência Espacial Europeia (ESA). Além disso, trabalhou com um método semelhante ao que tem sido usado na Terra para detectar lagos enterrados no Antártico e Ártico canadense.
A nova descoberta mantém a expectativa dos cientistas de que formas microscópicas de vida existam ou tenham existido em Marte. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
 

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