ASTRONOMIA

'Vênus é um planeta russo', diz chefe da agência espacial da Rússia

Declaração de Dmitry Rogozin foi feita após a descoberta de fosfina na superfície de Vênus. A extinta União Soviética foi o primeiro país a enviar um sonda para estudar o planeta

A recente descoberta de sinais de vida microbiana na atmosfera de Vênus potencializou o interesse pelo segundo planeta do Sistema Solar, com o anúncio de novas missões ao vizinho da Terra. O chefe da agência espacial russa, a Roscosmos, Dmitry Rogozin, no entanto, parece ter ido além do interesse: reivindicou ou o planeta para seu país.

Essa, ao menos, foi a interpretação de alguns diante de uma fala de Rogozin, na terça-feira (15/9), um dia depois de cientistas anunciarem a presença de fosfina na atmosfera venusiana. "Acreditamos que Vênus seja um planeta russo", afirmou à agência de notícias Tass, ao falar sobre os planos da Rússia para o planeta.

Guerra Fria

A fala de Rogozin talvez se ampare no fato de os russos terem sido os primeiros a enviar uma sonda para coletar dados de Vênus, a Venera-7, em dezembro de 1970. Na época, a extinta União Soviética e os Estados Unidos se enfrentavam na Guerra Fria, tendo nas conquistas especiais uma das principais formas de tentar demonstrar superioridade sobre o adversário.

Segundo o chefe da Roscosmos, o programa espacial russo vai focar Vênus até 2030. Segundo ele, uma missão em conjunto com os Estados Unidos, a Venera-D, deve enviar uma nova sonda ao planeta. "Também estamos considerando uma missão separada para Vênus", acrescentou.

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