Pinturas milenares na selva tailandesa
Em um achado raro, uma equipe de arqueólogos descobriu pinturas rupestres com mais de 2 mil anos escondidas em uma gruta no meio da selva tailandesa. Entre os desenhos encontrados no Parque Sam Ri Yot, distante cerca de 60km de Bangcoc, um antílope solitário, uma silhueta enigmática e uma família de mãos dadas. “No início, pensamos que fosse ferrugem acumulada nas paredes”, disse o arqueólogo Kanniga Premjai. O especialista usou um aplicativo móvel específico para estudos arqueológicos para distinguir as representaçoes. “Eu gritei alto”, contou. A descoberta — realizada em 14 de maio, mas só divulgada agora — coroou meses de pesquisas completamente infrutíferas, nas quais cerca de 40 cavernas foram exploradas sem sucesso. As pinturas de Sam Roi Yot não são as mais antigas descobertas até agora na Tailândia. Outras foram desenterradas no norte do país, em locais ocupados entre 5 mil e 11 mil anos atrás.
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Entulho plástico no fundo do mar
O alerta é da agência científica nacional da Austrália: os fundos dos oceanos do planeta estão repletos de cerca de 14 milhões de toneladas de microplásticos provenientes da decomposição das grandes quantidades de lixo que chegam ao mar todos os anos. Segundo especialistas, a quantidade de substâncias poluentes minúsculas é 25 vezes maior do que a relatada nos estudos anteriores. Para a avaliação, a agência usou um robô submarino que coletou amostras, em até 3 mil metros de profundidade, de locais ao longo das costas do sul da Austrália. “Nossas pesquisas mostram que o oceano profundo é um sumidouro de microplásticos”, disse Denise Hardesty, pesquisadora principal do estudo. “Ficamos surpresos ao observar as grandes quantidades de microplástico em um lugar tão distante”, acrescentou. As conclusões foram publicadas na revista Frontiers in Marine Science. Segundo a pesquisa, nas áreas em que os resíduos flutuantes são mais numerosos, geralmente, há mais fragmentos de microplástico no fundo do mar.
Tabaco afeta placenta de grávida ex-fumante
Um estudo francês mostra que o consumo de tabaco, inclusive quando o hábito do fumo é interrompido antes da gravidez, pode ter consequências nocivas na placenta das mulheres grávidas. Pesquisadores do Inserm, do CNRS e da Universidade de Grenoble Alpes (UGA) estudaram o DNA placentário de 568 mulheres divididas em três categorias: não fumantes, que deixaram de fumar nos três meses prévios à gravidez e que continuaram fumando antes e durante a gravidez. Entre as últimas, os cientistas observaram as chamadas alterações epigenéticas em 178 regiões do genoma placentário, o que significa que a sequência do DNA não muda, mas a maneira como os genes se expressam pode ser afetada. No grupo de ex-fumantes, as alterações são muito menos frequentes, embora tenham sido flagradas em 26 regiões, assinala o artigo publicado na revista BMC Medicine. A placenta conservaria assim a “memória” da exposição ao tabaco nas mulheres antes da gravidez, explicam os pesquisadores.
Animais raros cada vez mais ameaçados
Pesquisa publicada na revista Nature Communications mostra que as espécies de animais raras estão cada vez mais ameaçadas pelas mudanças climáticas e pela atividade humana. O mais grave é que elas exercem um papel fundamental para a preservação dos ecossistemas, alertam os especialistas. Animais como o sagui-de-cabeça-amarela do Brasil, o canguru australiano de Queensland e o kakapo (o único periquito do mundo que não voa (foto), fazem parte das mais de 4,6 mil espécies de mamíferos terrestres e das 9.287 aves classificadas como “ecologicamente raras” pelos autores do estudo, que se apoia na análise de dados em escala mundial (big data). Os autores realizaram também um mapeamento preciso que leva em consideração os critérios de raridade geográfica e funcional.