Pesquisa

Medicamento antimicrobiano testado em animais contra covid-19 tem resultado promissor

A pesquisa avaliou se alguns metalofármacos - compostos contendo metais comumente usados contra bactérias - podem ter propriedades antivirais que permitam lutar contra o novo coronavírus

Agência France-Presse
postado em 12/10/2020 13:54
 (crédito: Robson Valverde / SES-SC)
(crédito: Robson Valverde / SES-SC)

Hong Kong, China -Um medicamento antimicrobiano usado para tratar úlceras estomacais e infecções bacterianas mostrou resultados promissores contra o coronavírus, após testes realizados em animais - anunciaram cientistas em Hong Kong nesta segunda-feira (12).

A pesquisa avaliou se alguns metalofármacos - compostos contendo metais comumente usados contra bactérias - podem ter propriedades antivirais que permitam lutar contra o novo coronavírus.

Nos testes em hamsters dourados, os cientistas descobriram que uma das drogas desta família, o citrato de bismuto ranitidina (RBC), era "um poderoso agente anti-SARS-CoV-2".

"O RBC pode reduzir a carga viral no pulmão do hamster infectado", disse o pesquisador da Universidade de Hong Kong Runming Wang, na apresentação do estudo nesta segunda.

"Nossa descoberta mostra que o RBC é um possível antiviral contra a covid-19", completou.

O fato de estes resultados serem positivos em animais não significa, porém, que este medicamento também seja benéfico para o ser humano.

O SARS-CoV-2, o vírus responsável pela covid-19, causou mais de um milhão de mortes no mundo desde seu surgimento em dezembro passado na China.

Em paralelo à corrida contra o tempo para encontrar uma vacina contra esse vírus, os cientistas também estão analisando outros medicamentos já disponíveis que possam aliviar os sintomas da doença, ou ajudar o organismo a combatê-la.

Dezenas de tratamentos contra a covid-19 estão sendo analisados em todo mundo. Até agora, apenas um se mostrou eficaz contra a mortalidade, mas apenas nos casos mais graves: a dexametasona, um corticoide.

Um antiviral, o remdesivir, encurta ligeiramente a duração da convalescença dos pacientes, mas não foi comprovado se reduz a mortalidade.

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