Tubo de ensaio - Fatos científicos da semana

Correio Braziliense
postado em 30/10/2020 21:52 / atualizado em 30/10/2020 21:52
 (crédito: Romeo GACAD/AFP - 8/8/20 )
(crédito: Romeo GACAD/AFP - 8/8/20 )

» Segunda-feira, 26
Poluição pode agravar a covid

A exposição a longo prazo à poluição atmosférica pode aumentar 15%, em média, o risco de morte por covid-19 no mundo, segundo um estudo internacional publicado pela revista especializada Cardiovascular Research. A pesquisa avalia em que medida a poluição, que causa mortes prematuras, poderia influenciar os óbitos pelo novo coronavírus. Essa proporção seria de 19% na Europa, 17% na América do Norte e 27% no leste da Ásia, segundo estimativas do professor Jos Lelievel, do Instituto Max Planck de Química em Mainz, Alemanha, e de seus colegas. De acordo com o estudo, a exposição à poluição atmosférica a longo prazo teria contribuído para 12% das mortes por covid-19 no Brasil, 27% na China, 26% na Alemanha, 18% na França, 15% na Itália, 14% no Reino Unido, 11% em Portugal, 9% na Espanha, 3% na Austrália e 1% na Nova Zelândia. Os pesquisadores usaram dados epidemiológicos anteriores dos Estados Unidos e da China sobre a poluição do ar e a covid-19, bem como sobre a Sars, de 2003, doença semelhante ao novo coronavírus.


» Terça-feira, 27
Morcegos doentes fazem distanciamento social

Num trabalho de observação, pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, concluíram que morcegos se distanciam socialmente quando estão doentes, passando menos tempo perto de outros. A interação com os companheiros de grupo é reduzida. Inicialmente verificado em laboratório, esse comportamento foi reforçado no acompanhamento de morcegos-vampiros selvagens em Belize, na América Central. O estudo foi publicado na revista Behavioral Ecology. Os cientistas monitoraram animais que viviam dentro de uma árvore oca, equipando-os com minúsculos sensores de proximidade. No trabalho, injetaram em 16 morcegos uma substância chamada lipopolissacarídeo, que fez seus sistemas imunológicos reagissem temporariamente como se estivessem doentes, para ver se seu comportamento mudaria. Foi observado que os “enfermos” interagiram com cerca de quatro morcegos a menos do que os animais saudáveis.
Quanto o efeito passou, a convivência foi retomada.



» Quarta-feira, 28
Coral de 500m de altura na Austrália

Um grupo de pesquisadores localizou um coral gigante na Grande Barreira, situada ao largo da costa nordeste da Austrália. “A base deste coral em forma de lâmina de barbear tem uma milha de largura. Eleva-se a 500 metros e a sua profundidade mais baixa é de 40m abaixo da superfície do mar”, disse Tom Bridge, integrante da expedição científica, que viajou a bordo de um navio do Schmidt Ocean Institute (EUA). De acordo com comunicado divulgado pela universidade, a descoberta deste coral gigante é a primeira do gênero em mais de um século, segundo um comunicado divulgado pela universidade australiana James Cook, que participou na expedição. Há outros sete de grande altitude na mesma área.


» Quinta-feira, 29
O agitado retorno de La Niña

A volta do fenômeno climático La Niña, com suas consequências de tempestades, secas e mau tempo, está em andamento e deve durar até o próximo ano, anunciou a Organização Meteorológica Mundial (OMM). De acordo com a agência da ONU, a temporada será “de intensidade moderada a forte”. O último registro de um episódio grave ocorreu em 2010/2011, provocando chuvas torrenciais na Austrália, América do Sul e Sul da Ásia. Em 2008-2009, outro episódio de La Niña foi responsável por temperaturas congelantes que causaram dezenas de vítimas em toda a Europa. La Niña é um fenômeno que produz um resfriamento em grande escala da temperatura da superfície do oceano nas partes central e oriental do Pacífico equatorial, além de outras mudanças na circulação atmosférica tropical. Embora geralmente tenha o efeito de resfriar a temperatura, o fenômeno não diminui o aquecimento global.

 

 

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