Tubo de ensaio - Fatos científicos da semana

» Segunda-feira, 12
Mudança climática é responsável por catástrofes

A mudança climática é a principal responsável pela duplicação dos desastres naturais no mundo em 20 anos, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU). De 2000 e 2019, 7.348 catástrofes naturais foram registradas no mundo, resultando na morte de mais de 1,2 milhão de pessoas e um prejuízo estimado em cerca de US$ 3 trilhões. Segundo a ONU, o número de desastres é quase o dobro do verificado entre 1980 e 1999. “A covid-19 realmente sensibilizou os governos e o público em geral sobre os riscos que nos cercam. Eles podem ver que se a covid-19 é tão terrível, a emergência climática pode ser ainda pior”, declarou Mami Mizutori, secretária-geral da iniciativa Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres (UNSDIR). “Sem uma recuperação verde, só aumentaremos a emergência climática”, insistiu. As inundações e tempestades foram as catástrofes mais frequentes nas últimas duas décadas. Para o futuro, a ONU acredita que o pior problema será ondas de calor. O tsunami de 2004 no Oceano Índico (foto) foi o mais mortal, com mais de 220 mil mortes.



» Terça-feira, 13
Leilões de esqueletos de dinossauros em alta

Um raro esqueleto de alossauro, considerado o “avô” do temível T-Rex, foi vendido nem Paris por US$ 3,6 milhões, excedendo em muito seu preço estimado. Trata-se de um espécime de 150 milhões de anos, de 10m de comprimento e 3,5m de altura, adquirido por um comprador anônimo em um leilão no Hotel Drouot da capital francesa. Os leilões de dinossauros parecem ter voltado à moda: em 6 de outubro, um esqueleto de T-Rex de 67 milhões de anos foi vendido em Nova York por US$ 31,8 milhões, um recorde para esses fósseis. O alossauro vendido em Paris estava estimado em 1,2 milhão de euros. Era propriedade de um paleontólogo e foi descoberto em 2016 em Wyoming, nos Estados Unidos. No ano passado, vários dinossauros leiloados na capital francesa não encontraram um comprador. Já em 2018, um magnata filipino comprou um esqueleto de alossauro e outro de um diplodoco de 12 metros de comprimento por 2,8 milhões de euros.


» Quarta-feira, 14
Voz humana relaxa vacas

Estudo desenvolvido por pesquisadores austríacos mostra que a voz humana pode ajudar as vacas a relaxarem. Pesquisadores da Universidade de Medicina Veterinária de Viena realizaram um experimento científico em que expuseram os animais a uma gravação de frases lidas em voz alta e a falas proferidas ao vivo. Os cientistas observaram que nos dois tipos de exposição as vacas responderam bem, mas o segundo caso foi mais positivo para os animais, que se mostraram mais abertos a interações e apresentaram uma baixa frequência cardíaca, o que denota relaxamento. “Nosso estudo sugere que falar ao vivo é mais relaxante para nossos animais do que gravar uma voz humana. As interações podem ser menos positivas quando se tornam artificiais por meio da padronização”, explicou Annika Lange, autora do estudo publicado na revista Frontiers in Psychology.


» Quinta-feira, 15
Degelo em ritmo preocupante

As geleiras suíças continuaram derretendo este ano a um ritmo preocupante e nunca antes houve um acúmulo tão pequeno de neve no maior bloco dos Alpes, alerta um estudo. Especialistas avaliam que, no total, as geleiras suíças perderam 2% de seu volume desde janeiro. “É um pouco menor do que os dos últimos três anos, quando tivemos temperaturas muito elevadas, mas as geleiras perderam muita massa”, destaca Matthias Huss, diretor da rede de vigilância das geleiras Glamos, para quem a situação é “muito preocupante”. Segundo ele, Aletsch, a maior geleira dos Alpes, registrou nos últimos 10 meses “o menor acúmulo de neve” em pouco mais de 100 anos, quando começaram os cálculos. Com 86km2 e estimados 11 bilhões de toneladas de gelo, Aletsch viu sua frente recuar cerca de 1km desde o início
do século.