Pesquisadores ingleses e americanos projetaram um drone para coletar dados de vulcões. A tecnologia, que foi testada em Papua-Nova Guiné, poderá fornecer informações valiosas sobre o ciclo do carbono na Terra e permitir que comunidades locais consigam realizar previsões mais precisas sobre erupções. O projeto foi apresentado, neste mês, na revista Science Advances.
No artigo, os cientistas explicam que as emissões vulcânicas fazem parte de um estágio crítico do ciclo do carbono no planeta. Porém, as medições de CO2 já feitas são limitadas a um número relativamente pequeno de vulcões: 500. Uma dificuldade envolvida nessa tarefa é a necessidade de coletar dados em locais mais profundos.
“Isso faz dos drones a única maneira de obter amostras, com segurança, em vulcões mais perigosos. Apostamos nessa tecnologia porque queríamos quantificar a emissão de carbono desses grandes emissores”, explica, em comunicado, Kieran Wood, pesquisador do Departamento de Engenharia Aeroespacial da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Minissensores
Para coletar esses dados, os cientistas adicionaram sensores miniaturizados de gás e espectrômetros (medidores de luz) a um drone tradicional. O dispositivo voou dois quilômetros de altura e a seis quilômetros de distância, percurso suficiente para chegar ao cume do vulcão Manam, um dos mais ativos da Papua-Nova Guiné, e recolheu amostras de gás.
“O que coletamos ainda não foi estudado em detalhes, mas acreditamos que chegaremos a conclusões muito mais ricas”, afirma Emma Liu, uma das autoras do estudo e pesquisadora da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Os criadores da solução acreditam que ela também poderá auxiliar no cálculo de níveis de enxofre, outro dado fundamental para determinar a probabilidade de ocorrência de uma erupção.
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