A sonda chinesa Chang’e-5, que pousou na parte visível da Lua na última terça-feira, conseguiu coletar as amostras do solo e, agora, prepara-se para trazê-las à Terra. As informações foram divulgadas ontem pela Agência Espacial Nacional da China (CNSA). A pequena espaçonave foi lançada em 24 de novembro da ilha de Hainan, no sul da China, e deverá retornar ainda neste mês.
De acordo com CNSA, a “operação de prospecção científica aconteceu de acordo com o programado”. Com a ajuda de um braço robótico equipado com uma broca, a pequena nave recolheu as amostras do solo da Lua ontem, às 23h10, no horário de Pequim (10h em Brasília). A ferramenta consegue perfurar o solo em até 2 metros e tem uma espécie de concha, onde o material colhido foi depositado. Seis minutos depois da coleta, a sonda conseguiu alcançar a órbita lunar.
A próxima etapa consiste em encontrar o dispositivo orbitador Chang’e-5 enquanto a sonda circula o satélite. Ela transferirá o material recolhido para uma cápsula do dispositivo e, em seguida, os dois retornarão à Terra. No meio do caminho, as amostras serão mais uma vez transferidas para outra espaçonave. O veículo final estará próximo ao nosso planeta e foi projetado para sobreviver aos efeitos severos que podem ocorrer durante a entrada na atmosfera terrestre.
Missão tripulada
Segundo os cientistas chineses, as amostras devem chegar até meados de dezembro, na região da Mongólia Interior, no norte da China. O canal público CCTV descreveu a Chang’e-5 como uma das operações “mais complicadas e delicadas” do programa espacial nacional. Nenhuma das operações anteriores adotou esse mecanismo de transferência de amostras.
Se o retorno à Terra não registrar problemas, a China será o terceiro país a transportar amostras da Lua, depois dos Estados Unidos e da ex-União Soviética. A operação ambiciosa permitirá ao país asiático testar novas tecnologias, que serão cruciais para enviar astronautas à Lua até 2030, o principal objetivo dos astrônomos chineses.
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