Missão na Lua

Nave chinesa chega à Terra

Correio Braziliense
postado em 16/12/2020 22:34
 (crédito: Agência Espacial Nacional da China/Divulgação)
(crédito: Agência Espacial Nacional da China/Divulgação)


A Agência Espacial da China anunciou que a nave espacial não tripulada Chang’e-5, batizada com o nome de uma deusa mítica da Lua, retornou com segurança à Terra, na primeira missão em quatro décadas para coletar amostras do satélite. O módulo pousou na região da Mongólia interior, no norte do país.

Com essa missão, a China tornou-se o terceiro país a recuperar amostras lunares, depois dos Estados Unidos e da União Soviética nos anos de 1960 e 1970, respectivamente. Pequim tenta alcançar Washington e Moscou após levar décadas para igualar os feitos dos rivais e tem investido bilhões em seu programa espacial, de gestão militar.

A nave Chang’e-5 pousou no satélite natural da Terra em 1º de dezembro. Enquanto esteve lá, fincou a bandeira chinesa, acrescentou a agência. Sua partida da Lua dois dias depois representou a primeira vez em que a China conseguiu fazer decolar um corpo extraterrestre. Cientistas esperam que as amostras que chegaram à Terra os ajudem a aprender sobre as origens da Lua, sua formação e a atividade vulcânica em sua superfície.

A missão da Chang’e-5 era coletar 2kg de material em uma região conhecida como oceanus procellarum — ou oceano de tempestades — uma planície de lava até então inexplorada, segundo a revista científica Nature. Essa foi a primeira tentativa do tipo desde a missão soviética Luna 24, em 1976.

Projeto ambicioso

Durante o comando de Xi Jinping, os planos para realizar o “sonho espacial” chinês, como ele o denomina, foram intensificados. A China espera ter uma estação espacial tripulada em 2022 e, um dia, enviar seres humanos para a Lua. Pequim lançou seu primeiro satélite em 1970. Duas décadas depois, decolava sua primeira nave espacial tripulada, com Yang Liwei tornando-se o primeiro “taikonauta” do país, em 2003. Uma sonda lunar chinesa pousou na face oculta da Lua em janeiro de 2019, um feito inédito no mundo, que impulsionou as aspirações de Pequim de se tornar uma superpotência espacial.

Agora, o país tem uma série de metas ambiciosas, que incluem o desenvolvimento de um foguete poderoso, capaz de transportar uma carga mais pesada do que foguetes da Nasa, a agência espacial americana, e da empresa privada SpaceX podem levar. Além disso, pretende construir uma base lunar, uma estação espacial permanentemente tripulada e uma sonda marciana.

 

 

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