Covid-19

Vacina de Oxford: Argentina aprova uso emergencial e Índia avalia pedido

Vacina é a terceira a receber autorização para uso no país sul-americano. Índia também avalia aplicação do imunizante britânico e deve publicar decisão em breve

A agência reguladora de medicamentos e alimentos da Argentina (Anmat), equivalente à Anvisa, acaba de aprovar o uso emergencial da vacina produzida pelo laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, contra a covid-19. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (30/12) em comunicado à imprensa enviado pelo órgão.

“O referido produto apresenta uma relação risco-benefício aceitável, permitindo subsidiar a concessão do registro e a autorização condicional do produto para a indicação solicitada. Foi concedido pelo prazo de um ano a partir da data desta disposição, sob a condição de venda sob prescrição”, diz o documento segundo o jornal local La Nación.

Há uma semana, a agência do país vizinho já havia autorizado o uso emergencial do imunizante produzido pela estadunidense Pfizer em parceria com a alemã BioNTech. Com isso, já são três as substâncias aprovadas para serem usadas na região. Por meio de um outro processo de avaliação, o Ministério da Saúde argentino havia liberado também a Sputnik V, do Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF).

A imunização no país começou na terça-feira (29/12) com a aplicação da vacina russa. A meta do governo local é cobrir 10 milhões de pessoas até fevereiro de 2021, o que corresponde a mais de três quartos dos habitantes que integram os grupos de risco no país segundo projeções oficiais.

Pelo mundo

Nossos vizinhos foram o segundo país a aprovar a vacina produzida pela AstraZeneca. O Reino Unido foi o primeiro a dar o aval para o uso massivo da substância nos moradores da região. A aplicação por lá começa em 4 de janeiro, segundo o secretário de Saúde britânico, Matt Hancock.

A Índia deve ser outro local a começar a usar o imunizante de Oxford em breve. O processo para a autorização emergencial do uso do fármaco no país começou no início de dezembro e, no último dia 24, o comitê que avalia a questão recebeu do Serum Institute of India (SII) dados adicionais dos ensaios clínicos.

O país aguarda ainda o envio de dados adicionais das fabricantes Pfizer e Bharat Biotech para outras duas vacinas que devem ser usadas para imunizar a população indiana.

Na América Latina, há outros três países em que a vacinação da população já começou: Chile, México e Costa Rica. Todos eles com a utilização de doses das fabricantes Pfizer-Biontech.

Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não aprovou o uso de nenhuma vacina no Brasil. Apesar disso, a expectativa divulgada pelo ministro da Saúde é de que o processo de vacinação comece até o fim de janeiro de 2021 com a concessão das autorizações emergenciais.

No caso da vacina de Oxford, que por aqui será produzida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o processo parece o mais adiantado dentre os imunizantes testados no país até agora. Segundo a presidente da Fundação, Nísia Trindade, o envio de documentos para a Anvisa deve ser concluído até 15 de janeiro e a produção local do imunizante pode começar antes mesmo da concessão do registro.

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