Segunda-feira, 4
Rinoceronte da Era do Gelo
Após a descoberta de restos bem preservados de um mamute e de um urso da Idade do Gelo, cientistas russos anunciaram ter encontrado a carcaça de um rinoceronte, que, provavelmente, viveu na Sibéria nesse mesmo período, entre 20 mil e 50 mil anos atrás. A ossada do animal foi localizada após o derretimento do permafrost (a camada de solo permanentemente coberta por gelo em áreas muito frias) na região de Iacútia, no nordeste do país. Um morador visualizou o esqueleto nas margens de um rio, em agosto de 2020, mas só agora, a novidade foi divulgada pelo jornal Siberian Times. Segundo as informações, o rinoceronte-lanudo (Coelodonta antiquitatis) é o mais bem preservado até hoje encontrado na região. “O jovem rinoceronte tinha entre 3 e 4 anos e vivia separado de sua mãe quando morreu, provavelmente por afogamento”, destacou Valery Plotnikov, da Academia de Ciências. Descobertas do tipo estão cada vez mais frequentes, animando os pesquisadores.
Terça-feira, 5
Ar de Gaza transformado em água
Há alguns anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que o esgotamento do aqüífero tornaria Gaza inviável a partir desta década. Agora, no telhado de um prédio em Khan Younis, no sul do enclave palestino, uma “revolução” está se formando silenciosamente. Um mosaico de painéis solares alimenta uma enorme máquina vibratória semelhante a um grupo gerador, levada de Israel, e remove a umidade do ar para transformá-la em água potável. A mutação é capitaneada pela companhia de um milionário russo-israelense. Em Gaza, a água potável foi retirada do solo durante séculos. Mas, nas últimas décadas, a pressão populacional (2 milhões de habitantes vivem no microterritório) esgotou o aquífero que foi preenchido com água salgada do Mar Mediterrâneo. Os efeitos dessa crise se fazem sentir no intestino da população que apresenta índices alarmantes de cálculo renal e diarreia, segundo especialistas. “Essa máquina produz cerca de 5 mil litros de água potável por dia quando a taxa de umidade do ar ultrapassa 65%, e 6 mil litros se ultrapassa 90%”, explicou Fathi Sheikh Khalil, engenheiro elétrico e diretor da ONG palestina Damour. que gerencia o dispositivo.
Quarta-feira 6
Gengibre atua contra doenças autoimunes
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, comprovaram, em experimentos com roedores, que o gengibre — cujas ações anti-inflamatórias são sempre exaltadas — tem o poder de neutralizar determinadas doenças autoimunes. De acordo com a pesquisa, divulgado na publicação especializada JCI Insight, o principal composto bioativo da raiz — o 6-gingerol — reduz a produção de autoanticorpos e ajuda a interromper a progressão da doença em camundongos com síndrome antifosfolipídica e lúpus. Em camundongos com as duas enfermidades, o 6-gingerol evitou a liberação de armadilha extracelular de neutrófilos, que é desencadeada pelos autoanticorpos produzidos pelos males. “Essas estruturas pegajosas semelhantes a teias de aranha são formadas quando os autoanticorpos interagem com os receptores na superfície dos neutrófilos”, disse o autor principal do trabalho, Ramadan Ali.
Quinta-feira, 7
Nem tão idênticos assim
Estudo publicado na revista Nature Genetics mostra que as diferenças genéticas entre gêmeos monozigóticos podem aparecer muito cedo, desde o desenvolvimento embrionário. A pesquisa pode questionar a análise científica desses casos para determinar o que é inato e o que é adquirido. Um nascimento de gêmeos monozigóticos ou idênticos ocorre quando o zigoto resultante da fecundação se separa em dois, formando dois embriões. O estudo de pesquisadores islandeses analisou as mutações que acontecem em uma fase precoce do desenvolvimento embrionário. Os pesquisadores concluíram que os genomas entre gêmeos idênticos apresentam uma média de 5,2 mutações diferentes. Em 15% desses casos, o número das mutações diferentes é, inclusive, substancial, destacam os autores. Para eles, essas conclusões sugerem que o papel dos fatores genéticos nas desigualdades entre esse tipo de gêmeos é mais importante do que se pensava. A equipe sequenciou o genoma completo de 387 gêmeos monozigóticos, assim como os de seus pais, parceiros e filhos, para detectar as mutações genéticas.
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