Infância

Antibiótico pode afetar crescimento de meninos

Correio Braziliense
postado em 26/01/2021 20:49
 (crédito: Alessandro Rampazzo/AFP  - 14/5/20)
(crédito: Alessandro Rampazzo/AFP - 14/5/20)


Estudo realizado por cientistas finlandeses associa a exposição a antibióticos nas primeiras semanas de vida à redução de peso e altura em meninos de até 6 anos de idade. Os pesquisadores observaram as alterações em um experimento feito com um grupo de mais de 12 mil crianças. Eles acreditam que os prejuízos no desenvolvimento verificados podem estar relacionados a alterações na microbiota intestinal dos pequenos. As conclusões foram apresentadas na última edição da revista especializada Nature Communications.

Os autores da pesquisa destacam que havia suspeitas de que o uso de antibióticos por recém-nascidos poderia levar a prejuízos. No entanto, as consequências a essa exposição ainda são pouco compreendidas pelos estudiosos. Para desvendar esse mistério, a equipe finlandesa acompanhou o desenvolvimento de 12.422 crianças, nascidas entre 2008 e 2010, na cidade de Turku, na Finlândia. Por seis anos, os pesquisadores documentaram o peso e a altura do grupo.

Após a comparação dos dados, observou-se uma diferença significativa no crescimento das crianças que foram medicadas com antibiótico em comparação com as que não receberam esse tipo de medicamento nas primeiras semanas de vida. “Registramos dados de peso e altura mais baixos em analisados do sexo masculino que foram expostos a essas drogas, mas isso não foi registrado em meninas. Ainda não entendemos porque essa diferenciação ocorreu”, destacaram os autores do estudo, liderados por Samuli Rautava, pesquisador da Universidade de Helsinki, na Finlândia.

Os pesquisadores resolveram, então, analisar o efeito dos remédios em ratos bebês. Eles observaram que as cobaias que tiveram contato com antibiótico no início da vida também apresentaram peso e altura menores, além de alterações na microbiota. “Não temos como ter certeza de que o mesmo ocorreu no grupo de crianças analisadas, mas acreditamos que esses dados podem nos ajudar a investigar melhor o tema e entender os efeitos dessa classe de medicamentos em um organismo em formação”, ressalta um trecho do artigo.

 

 

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