Vacina

Vacina de Oxford tem eficácia de 76% após três semanas da 1ª dose

Se segunda dose for tomada após três meses, proteção chega a 82%, de acordo com estudo disponível na biblioteca de preprints da revista The Lancet

Um estudo preliminar disponibilizado na plataforma da revista The Lancet, nesta terça-feira (2/2), apontou que a vacina da universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca, apresenta 76% de eficácia 22 dias após a aplicação da primeira dose, e a proteção permanece por pelo menos três meses.

A pesquisa ainda mostrou que o imunizante, produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo cruz (Fiocruz), reduz em 67% a transmissão do novo coronavírus.

É exatamente o prazo de 90 dias que a Fiocruz recomendou para a aplicação da segunda dose. Segundo a pesquisa, a eficácia da vacina aumenta de 54,9%, se aplicada as duas doses em um intervalo de menos de seis semanas, para 82,4%, quando aplicada com um espaço superior a 12 semanas. 

Os dados também reforçam os números apresentados pela Fiocruz. Segundo a fundação, o imunizante tem 70% de eficácia após a aplicação da primeira dose e pode chegar a 80% após a dose de reforço.

Preliminar, os dados do estudo em questão ainda precisam ser revisados pela revista e pela comunidade científica antes que possam direcionar decisões clínicas. O conteúdo está disponível na biblioteca de pre-prints da revista.

Até o momento, o Brasil recebeu 2 milhões de doses da vacina, que foram importadas do Instituto Serum, na Índia. A promessa da Fiocruz é entregar 20 milhões de doses da vacina até março. A Fiocruz entrou com um pedido de registro definitivo do imunizante na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tem um prazo de 60 dias para a avaliação do processo.

 

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