O presidente e CEO da Pfizer, Albert Bourla, afirmou que as pessoas que receberam o imunizante "provavelmente" precisarão da terceira dose da vacina contra a covid-19, além de doses anuais de reforço a cada 12 meses. Bourla falou sobre o assunto durante um evento promovido pela CVS Health, grupo norte-americano que gerencia empresas de saúde, nos Estados Unidos. O pronunciamento aconteceu no início de abril, mas as entrevistas só foram divulgadas na quinta-feira (15/4).
“Um cenário provável é que haja a necessidade de uma terceira dose, algo entre seis e 12 meses e, a partir daí, haverá uma vacinação anual, mas tudo isso precisa ser confirmado. E, novamente, as variantes terão um papel fundamental [no processo]", disse Bourla. "É extremamente importante minimizar o número de pessoas vulneráveis ao vírus", finalizou.
A Pfizer atualizou os dados sobre a sua vacina no início de abril. Segundo a empresa, o imunizante, desenvolvido em parceria com a BioNTech, se mostrou 91,3% eficaz na prevenção da covid-19 e não apresentou problemas de segurança em um prazo de até seis meses.
O estudo também indicou que o produto ofereceu proteção em 100% dos casos na África do Sul, onde prevalece a cepa B.1.351 - o que sugere que ele funciona contra essa variante. O profilático foi ainda 100% eficaz contra a casos graves da enfermidade, seguindo as definições do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
De acordo com a farmacêutica, o produto já foi avaliado em mais de 44 mil pessoas com idade acima de 15 anos, com 12 mil voluntários sendo analisados seis meses após a aplicação da segunda dose.
Vacina da Pfizer no Brasil
Na última quarta-feira (14/4), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a antecipação de mais 2 milhões de doses da vacina da farmacêutica que serão entregues até junho. Segundo o ministro, a Pfizer irá entregar, nos próximos meses, 15,5 milhões de unidades do imunizante Comirnaty. A previsão anterior era de 13,5 milhões.
Apesar da antecipação, o ministro não detalhou quando as doses serão entregues. Em comunicado oficial do dia 7 de abril, a Pfizer informou que um milhão de doses da vacina chegariam ainda este mês e outros 2,5 milhões em maio e "o restante, escalonado progressivamente até setembro". No total, o governo federal negociou 100 milhões de unidades a serem entregues até o fim de 2021.
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