Pandemia

Covid-19: tratamento com anticorpos não é eficaz, diz AstraZeneca

O desenvolvimento do tratamento é financiado pelo governo dos Estados Unidos, que assinou acordos com a AstraZeneca para receber até 700 mil doses neste ano

Correio Braziliense
postado em 16/06/2021 06:00
 (crédito: JOEL SAGET)
(crédito: JOEL SAGET)

Um tratamento em potencial para a covid-19 desenvolvido pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca não se mostrou eficaz, disse o laboratório. A terapia com anticorpos, denominada AZD7442, pretendia prevenir e tratar a doença, mas não deu resultado.”O teste não alcançou o objetivo principal de prevenir os casos sintomáticos de covid-19 depois da exposição ao vírus”, afirmou a companhia em um comunicado.

A terapia estava na fase 3 de desenvolvimento, ou seja, testes clínicos em larga escala para medir a segurança e a eficácia. Os 1.121 participantes eram adultos com mais de 18 anos, não estavam vacinados e foram expostos a uma pessoa infectada durante os oito dias anteriores. O tratamento reduziu o risco de desenvolver covid-19 com sintomas apenas em 33% dos participantes. Os testes para avaliar o remédio em pacientes antes da exposição ao vírus e nas pessoas que desenvolveram formas graves continuam.

O desenvolvimento do tratamento é financiado pelo governo dos Estados Unidos, que assinou acordos com a AstraZeneca para receber até 700 mil doses neste ano. No total, o valor dos acordos com o governo americano para o desenvolvimento do tratamento e das doses em 2021 alcança US$ 726 milhões. No comunicado, a AstraZeneca diz que está em conversa “sobre os próximos passos com o governo dos Estados Unidos”.

Vacina

A AstraZeneca continua enfrentando problemas com sua vacina contra a covid-19, suspensa em vários países europeus depois que alguns problemas sanguíneos foram registrados em pessoas vacinadas. No entanto, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) negou ontem que Marco Cavaleri, chefe de sua estratégia de vacinação, tenha sugerido, em uma entrevista ao jornal italiano La Stampa, no domingo, descartar a vacina da AstraZeneca, mesmo para os maiores de 60 anos, em favor dos imunizantes da Pfizer e da Moderna, que usam a tecnologia de RNA mensageiro.

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