Pesquisa

Estudo sobre tratamento contra o Alzheimer apresenta resultados encorajadores

A empresa biofarmacêutica suíça AC Immune apresentou resultados encorajadores de testes clínicos sobre um estudo de tratamento para a doença de Alzheimer

Agence France-Presse
postado em 31/08/2021 14:23 / atualizado em 31/08/2021 14:24
 (crédito: Moderna handout / AFP)
(crédito: Moderna handout / AFP)

A empresa biofarmacêutica suíça AC Immune apresentou, nesta terça-feira (31), resultados encorajadores de testes clínicos sobre um estudo de tratamento para a doença de Alzheimer, em um estágio intermediário de pesquisa.


Em um estudo de fase II, que corresponde ao estágio intermediário dos ensaios clínicos, o tratamento experimental denominado semorinemab demonstrou uma redução de 43,6% no declínio cognitivo após 49 semanas em pacientes leves a moderadamente afetados pela doença, informou a empresa em um comunicado.


O segundo principal critério de avaliação do estudo, que diz respeito à perda funcional nas atividades diárias, não foi atingido, afirma esta empresa biofarmacêutica especializada em doenças neurodegenerativas.


Intitulado Lauriet, este estudo realizado em parceria com a Genentech, subsidiária americana da gigante farmacêutica suíça Roche, busca avaliar esse tratamento que visa uma parte da proteína tau.


Nas taupatias (doenças neurodegenerativas), como a doença de Alzheimer, a proteína tau apresenta funcionamento anormal e forma emaranhados que causam dano celular e, em última instância, morte neuronal.


Supõem-se que a proteína tau anormal se espalha entre os neurônios, envolvendo progressivamente mais áreas do cérebro.


O semorinemab, um anticorpo monoclonal antitau experimental, foi desenvolvido para se ligar à tau e reduzir sua disseminação entre os neurônios, explica a empresa suíça no comunicado.


No estudo, esse tratamento é avaliado em relação a um placebo entre 272 pessoas distribuídas em 43 centros de pesquisa em todo o mundo.


"Esta é a primeira vez que observamos um efeito terapêutico do tratamento com anticorpos monoclonais antitau", acrescentou.


"Apesar desses resultados interessantes, continuamos cautelosos sobre o que isso pode significar para os pacientes", ponderou.


E observou que "este ensaio em pequena escala é relativamente curto" e durou 49 semanas quando a doença de Alzheimer é uma doença crônica de início lento.




© Agence France-Presse

 

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