Longevidade

Estudo suíço diz que o ser humano pode viver até os 130 anos

O limite de idade que um ser humano pode atingir é uma questão amplamente debatida por especialistas em longevidade

Os humanos podem viver até 130 anos, embora as chances de chegar a essa idade não sejam tão altas, mostra um estudo suíço. Os pesquisadores chegaram aos números após análises de probabilidade com base em dados de supercentenários, indivíduos com 110 anos ou mais, e semi-supercentenários, aqueles com ao menos 105 anos. Os resultados foram apresentados na última edição da revista especializada Royal Society Open Science.

O limite de idade que um ser humano pode atingir é uma questão amplamente debatida por especialistas em longevidade. Segundo a equipe suíça, o tempo máximo definido por estudos é de 150 anos, e há também investigações indicando a impossibilidade de definir um teto de anos vividos. Na nova análise, foram utilizadas informações médicas de mais de 1.100 supercentenários de 13 países, retiradas de um banco de dados pertencente à iniciativa global de pesquisas International Longevity Database, e de um estudo italiano com todas os viventes no país, entre 2009 e 2015, que tinham 105 anos ou mais.

A análise mostrou que, embora o risco de morte aumente com a idade, ele, eventualmente, fica estagnado aos 110 anos, o que faz com que a possibilidade de seguir vivo ou de morrer se iguale, em 50%. “A partir dos 110 anos, a probabilidade de viver mais um ano se assemelha ao ato de jogar uma moeda para o alto”, ilustra, em entrevista à Agência France-Presse (AFP) de notícias, Anthony Davison, professor de estatística do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne e líder do estudo.

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Neste século

Com base nessa condição, parece possível que os humanos possam chegar aos 130 anos, concluiu o grupo. “Se houvesse um limite abaixo dos 130 anos, teríamos sido capazes de detectá-lo com os dados disponíveis até agora”, afirma Davison, que não descarta tempos de existência ainda mais longos. “Se esses resultados forem extrapolados, isso implica que não haveria limite para a expectativa de vida, pois sempre poderia sair cara no lançamento da moeda”, explica.

Apesar do limite definido, não significa que algum indivíduo vá alcançá-lo em breve. “Para começar, a análise se baseia em pessoas que já alcançaram a façanha de ultrapassar os 100 anos. Mesmo com 110, as chances de chegar a 130 são uma em um milhão (...) Não impossível, mas muito improvável”, justifica o autor da pesquisa. A equipe estima que, antes do fim deste século, alguns humanos terão alcançado essa idade. Por enquanto, a pessoa que viveu mais foi Jeanne Calment, que morreu em 1997 com a idade confirmada de 122 anos.