SAÚDE

Tubo de ensaio/Fatos científicos da semana

Correio Braziliense
postado em 01/10/2021 20:39 / atualizado em 01/10/2021 20:39
 (crédito: Bertrand Guay/ AFP - 10/8/20)
(crédito: Bertrand Guay/ AFP - 10/8/20)

Segunda-feira, 27
Girafa macho é mais sociável
Além de viverem em grupos complexos, as girafas estabelecem conexões sociais conforme o sexo. Enquanto as fêmeas têm “amigos” mais próximos, os machos têm mais “conhecidos”, já que a rotina social deles é mais agitada, com maior interação entre os indivíduos. Descritas em um artigo publicado na revista Animal Behavior, as descobertas são resultado da análise de dados coletados ao longo de cinco anos, em Tarangire, na Tanzânia. Cientistas observaram o comportamento de 1.000 animais da espécie Masai, ameaçada de extinção. Segundo eles, os dados podem ter implicações na adoção de medidas mais eficazes de conservação. “O grau em que um animal está conectado a outros em sua rede social influencia o sucesso reprodutivo, a ecologia populacional, a disseminação de informações e até mesmo como as doenças se movem pela população”, explica Derek Lee, professor da Universidade Penn State, nos EUA, e participante do estudo.

 

Terça-feira, 28
Lucy no espaço
A Nasa anunciou que está prestes a enviar sua primeira espaçonave destinada a estudar os asteroides troianos de Júpiter, a fim de obter novas perspectivas sobre a formação do sistema solar 4,5 bilhões de anos atrás. A sonda, chamada Lucy, em homenagem a um antigo fóssil que ajudou na compreensão da evolução da espécie humana, será lançada no próximo dia 16 a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Sua missão é investigar o grupo de corpos rochosos que circundam o sol em dois enxames, um precedendo Júpiter em seu caminho orbital e o outro seguindo atrás dele. Depois de receber impulsos da gravidade da Terra, Lucy embarcará em uma jornada de 12 anos para oito asteroides diferentes: um no cinturão principal entre Marte e Júpiter e então sete troianos. “O que quer que Lucy encontre nos dará pistas vitais sobre a formação de nosso sistema solar”, afirmou Lori Glaze, diretora da divisão de ciência planetária da agência espacial norte-americana.

 

Quarta-feira, 29
O Mont Blanc encolheu
Em quatro anos, o Mont Blanc — o topo dos Alpes e da Europa Ocidental — teve uma diminuição de aproximadamente um metro, segundo topógrafos franceses. Na última metragem, em meados de setembro, foi registrada uma altitude de 4.807,81 metros. Para o trabalho, realizado há duas décadas, uma equipe de cerca de 30 pessoas subiu a montanha, onde permaneceu durante três dias. “Agora corresponde aos climatologistas, glaciologistas e a outros cientistas tratarem os dados coletados e levantarem as hipóteses que expliquem este fenômeno”, assinalaram os topógrafos. A última medição, publicada em 2017, apontou uma altitude de 4.808,72 metros, que já representava um retrocesso em comparação com as anteriores. Em 2007, foi calculada a maior altitude: 4.810,90 metros. Os números variam de um ano para o outro porque a montanha está “coberta por uma camada de neve perpétua”, exposta a ventos fortes e chuvas.

 

Quinta-feira, 30
Cirurgia inédita na América Latina
Um jovem de 23 anos, da Costa Rica, passou pela primeira cirurgia de substituição do esôfago por uma parte do intestino delgado na América Latina. O procedimento foi realizado, em agosto, por um grupo de 20 especialistas, formado por um microcirurgião, intensivistas, anestesistas, entre outros. A informação, no entanto, só se tornou pública agora, após a confirmação da reação positiva e evolução do quadro de saúde do paciente, cujo nome não foi revelado. “No Instituto Favaloro, na Argentina, houve um transplante de intestino delgado, mas não é a mesma cirurgia”, disse o cirurgião de tórax Renato Brenes, membro da equipe médica que operou o rapaz. O paciente apresentava uma patologia adquirida, e não de nascimento, em seu esôfago e estômago, considerada irreversível e progressiva, que lhe impedia de comer. “Sua qualidade de vida não era boa, e seu futuro era alimentar-se através de uma sonda”, esclareceu o médico Ricardo Alfaro, que também é cirurgião de tórax.

 

 

 

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  • Marco Bertorello/AFP - 11/8/21
    Marco Bertorello/AFP - 11/8/21 Foto: Handout/AFP - 28/9/21
  • Marco Bertorello/AFP - 11/8/21
    Marco Bertorello/AFP - 11/8/21 Foto: Marco Bertorello/AFP - 11/8/21

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