CUIDADOS

Covid-19: pesquisadora responde se ainda é necessário desinfetar sacolas de mercado

A médica e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcomo explica mais sobre a contaminação ligada ao ambiente e como efetivamente se proteger do vírus

Ronayre Nunes
postado em 18/10/2021 22:54
A hora é de focar em métodos eficazes de defesa contra a covid-19 -  (crédito: Roberta Errani/Unsplash)
A hora é de focar em métodos eficazes de defesa contra a covid-19 - (crédito: Roberta Errani/Unsplash)

Após quase dois anos do primeiro caso confirmado de infecção por covid-19, a ciência se aprofunda e entende o vírus de forma cada vez mais aprofundada. Ações e métodos tido como importantes no começo da pandemia, acabam sendo melhor estudados e ganham nova conotação, como o ato de desinfetar embalagens e sacolas plásticas após as compras.

Quem explica mais sobre o assunto é a médica e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcomo. Em uma postagem nas redes sociais da instituição nesta segunda-feira (18/10), a cientista deixa claro que ficar limpando as compras após uma ida ao supermercado não é mais a prioridade.

“A transmissão é ambiental, portanto é o ambiente que nos torna mais vulneráveis a nos contaminar, de modo que limpar sacolinhas, embalagens, superfícies perdeu a importância. Não é mais necessário a perda de tempo com isso. Muito menos sola de sapato, nada disso é importante”, detalha a pesquisadora.

Margareth, contudo, deixa claro que ainda é extremamente necessário uma atenção redobrada a outros cuidados contra a covid-19. “O importante é proteger-se usando máscaras de boa qualidade e saber que a contaminação está ligada ao ambiente”.

Uso de máscara PFF2

O Correio já fez uma matéria especial contando que o mais indicado no momento é o uso das máscaras PFF2, também conhecidas como N95. Este tipo de máscara permite uma filtração de até 94% do ar, segundo a legislação brasileira. De acordo com um estudo publicado na revista Nature,os respiradores N95 diminuem em até seis vezes as emissões de aerossóis no ar. A explicação para isso, segundo o virologista associado de pós-doutorado na Escola de Saúde Pública de Yale Anderson Brito, está no material da máscara e na forma como ela se ajusta ao rosto. "Elas são feitas com um material de malha mais fina e tem uma capacidade de filtração. E essa máscara tem um ajuste no rosto muito melhor. O ar não passa pelas laterais. As tiras laterais dão um melhor encaixe", explica.

 

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