Covid-19

OMS pede mais atenção às crianças

Diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge lembrou que os casos de infecção pelo Sars-CoV-2 têm aumentado no continente, com as taxas mais elevadas observadas entre pessoas com 5 a 14 anos

Correio Braziliense
postado em 08/12/2021 06:00
 (crédito: Guillaume Souvant/AFP)
(crédito: Guillaume Souvant/AFP)

Preocupada com o avanço da pandemia e o surgimento da nova variante de preocupação, a ômicron, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu uma maior proteção às crianças, a faixa etária mais afetada pela nova onda da pandemia da covid-19 na Europa. A agência das Nações Unidas também voltou a defender que a vacinação obrigatória seja o "último recurso" a ser adotada pelos países no enfrentamento da crise sanitária.

Diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge lembrou, em coletiva, que os casos de infecção pelo Sars-CoV-2 têm aumentado no continente em todas as faixas etárias, com as taxas mais elevadas observadas entre pessoas com 5 a 14 anos. Com a aproximação das festas de fim de ano, o número de vítimas está evoluindo para um "patamar elevado" de mais de 4.000 mortes por dia, segundo a organização.

Para evitar fechamentos de escolas e a retoma do ensino remoto, o departamento europeu da OMS recomenda o aumento dos testes de diagnóstico nos colégios e a análise da vacinação dos alunos, uma medida que foi aprovada por várias agências sanitárias em todo o mundo. "O uso de máscaras e a ventilação, assim como testes regulares, deveriam ser a norma em todas as escolas do ensino básico, e a vacinação de crianças deveria ser debatida e considerada a nível nacional, com o objetivo de proteger as escolas", afirmou Hans Kluge.

Vacinação

Quanto à vacinação obrigatória, medida que tem sido discutida em vários países europeu, o representante da OMS disse que essa política deve continuar sendo um "último recurso absoluto, somente quando todas as opções possíveis para aumentar a taxa de vacinação tiverem sido esgotadas”.

Sem fornecer novas avaliações científicas, a OMS, mais uma vez, expressou sua preocupação com a nova variante do coronavírus e a necessidade de as autoridades estarem atentas ao combate também das cepas mais antigas. “A ômicron está à vista e em ascensão, e temos razão em estarmos preocupados e cautelosos. Mas o problema agora é a delta, e o nosso sucesso contra a delta hoje será a vitória contra a ômicron amanhã, antes que os casos aumentem enormemente", justificou Kluge.

Perda de US$ 17 trilhões 

Um estudo do Banco Mundial e de várias instituições internacionais alertou para o impacto ainda mais pesado do que o esperado da pandemia na educação e no futuro das crianças em todo o mundo. De acordo com a análise, divulgada na segunda-feira, a geração de jovens que estão na escola corre o risco de perder quase US$ 17 trilhões de renda ao longo da vida, como resultado do fechamento das instituições de ensino em função da pandemia.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação