Destaques

‘Nature’ elenca as 10 personalidades científicas do ano; entre elas, um brasileiro

O brasileiro identificou a variante ômicron do Sars-CoV-2 na África do Sul. Lista considera atuações em áreas diversas, como meio ambiente e preconceito

Vilhena Soares
postado em 16/12/2021 06:00
Friederike Otto, climatologista e pesquisadora na Universidade de Oxford, no Reino Unido -  (crédito:  John Cairns/Universidade de Oxford)
Friederike Otto, climatologista e pesquisadora na Universidade de Oxford, no Reino Unido - (crédito: John Cairns/Universidade de Oxford)

Apesar de ainda ter sido regido pelo combate à covid-19, 2021 também foi marcado por outras batalhas importantes para a sociedade, como mais espaço a grupos minoritários, defesa ao meio ambiente e combate ao preconceito. Todos esses temas foram considerados pela revista Nature ao escolher as 10 personalidades do meio científico do ano, que conta com um brasiliense que trabalha na África do Sul.
Tulio de Oliveira, o escolhido, é responsável pela descoberta da mais recente cepa do coronavírus, a ômicron, e também da variante beta. O cientista destacou à revista que não esperava que os resultados obtidos no monitoramento genético desencadeassem restrições a viajantes vindos do país africano. Na avaliação dele, a medida adotada por diversos governos, incluindo o brasileiro, foi “quase uma cortina de fumaça" para o acúmulo de vacinas em países mais ricos.

Para o brasileiro, o seu trabalho, “de dar más notícias”, nem sempre é bem compreendido por autoridades e pessoas comuns. “Nós não somos os inimigos, somos o oposto”, frisou à Nature. “Na verdade, não buscamos reconhecimentos por revista, mas, sim, pelo nosso combate à pandemia”, comentou ao Correio. Confira todos os destaques da lista.

Os escolhidos:

1. Nova resposta a epidemias

Quem é: Tulio de Oliveira, diretor da Plataforma de Inovação e Sequenciamento de Pesquisa KwaZulu-Natal da África do Sul (KRISP)

O único brasileiro que compõe a lista de destaques da revista Nature é bioinformático e, durante a pandemia da covid-19, tem se dedicado ao monitoramento de alterações genéticas do Sars-CoV-2, o causador da enfermidade. Em novembro, o cientista de 45 anos anunciou o surgimento da mais recente cepa do vírus, a ômicron, o que acendeu uma luz de alerta global. O mesmo grupo dirigido por Oliveira havia identificado, antes, outra cepa preocupante do novo coronavírus, a beta. As duas descobertas surgiram de uma análise biomolecular de ponta e da parceria com médicos que atuam na linha de frente de combate ao vírus. À revista Nature, o brasileiro enfatizou que nunca antes tantas amostras do mesmo vírus haviam sido sequenciadas em um tempo tão curto. As descobertas do pesquisador e de sua equipe também contribuíram para uma série de novos protocolos médicos que auxiliou no combate ao patógeno. “Tulio fez um trabalho incrível como pioneiro em uma nova forma de resposta científica às epidemias”, comentou Christian Happi, biólogo molecular da Universidade Redeemer, na Nigéria, também à publicação britânica. O brasileiro e sua equipe pretendem expandir a análise para outras enfermidades. “O mais importante para nós é que mostramos ao mundo que esse tipo de pesquisa pode ser feito nos países em desenvolvimento”, destacou Oliveira.

2. Defesa da igualdade vacinal

Quem é: Winnie Byanyima, líder do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids)

O desenvolvimento de vacinas contra a covid-19 em um tempo recorde foi uma grande vitória da ciência, mas a distribuição desses fármacos tem deixado a desejar — um problema que foi alertado, já no fim de 2020, por Winnie Byanyima. A líder do Unaids desde 2019 tem enfatizado que levar fármacos protetivos para países de renda baixa e média é uma tarefa difícil, e as doações não são suficientes. À época, Byanyima defendeu que diversos laboratórios pudessem fabricar os imunizantes, o que ainda não aconteceu — as farmacêuticas se mantém firmes nos direitos de propriedade intelectual. “Essa ideia de que você pode vender uma tecnologia de saúde que salva vidas da mesma forma que vende uma bolsa de mão de luxo não é normal”, destacou a ativista à Nature. “Não devemos normalizá-la, não devemos respeitá-la e devemos chamá-la do que é: imoral, gananciosa e errada", completou. Byanyima também é uma das fundadoras do grupo de defesa People’s Vaccine Alliance, que já obteve vitórias, na Justiça, na luta pela quebra de patentes. “Algumas pessoas vão dizer que a desigualdade é ruim. Mas quando Winnie fala sobre isso, você sente que há um fogo nela que vem de dentro”, destacou John Nkengasong, diretor dos Centros Africanos para Controle e Prevenção de Doenças.

3. Inovação em análises climáticas

Quem é: Friederike Otto, climatologista e pesquisadora na Universidade de Oxford, no Reino Unido

À medida que ondas de calor, inundações e secas se multiplicam pelo mundo, especialistas buscam entender e mensurar a parcela de culpa dos humanos nesses fenômenos. Friederike Otto tem se dedicado a essa causa usando um novo tipo de metodologia. Em vez de analisar cenários a partir de um número pequeno de modelos de simulações climáticas, a alemã realiza a tarefa com mais de 50 cenários, gerando dados ainda mais robustos e precisos. A técnica foi desenvolvida em parceria com o modelador climático holandês Geert Jan van Oldenborgh, morto neste ano, e aparece com destaque em um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU, apresentado um pouco antes da 26ª Conferência das Partes (COP26), em Glasgow. O texto enfatiza que “os estudos de atribuição são realmente essenciais em termos de compreensão dos impactos humanos da mudança climática”, segundo Emily Boyd, cientista social da Universidade de Lund, na Suécia. Também à Nature, Otto contou o que a motiva em seu trabalho. “Os recordes de temperatura foram quebrados em 5 °C em alguns lugares. Isso é algo imenso. Eu gosto da justiça, e a mudança climática é uma das maiores ameaças a ela”, declarou.

4. Missão estratégica a Marte

Quem é: Zhang Rongqiao, designer-chefe da Administração Espacial Nacional da China

A China é a segunda nação, depois dos Estados Unidos, a colocar um rover em Marte, e um dos responsáveis por essa façanha é Zhang Rongqiao, 55 anos. O líder da missão Tianwen-1 se tornou um herói nacional após a viagem bem-sucedida, mas é conhecido por ser bastante reservado. Nascido na cidade de Anling, no leste da China, Zhang estudou engenharia na Xidian University, cursou o mestrado na Academia Chinesa de Tecnologia Espacial e, em seguida, passou a trabalhar com satélites para a observação da Terra. A trajetória foi cheia de percalços, que foram superados mesmo em “um ambiente tão estranho e complexo”, descreve o engenheiro à Nature. Rongqiao foi o responsável por coordenar uma equipe com centenas de pessoas, envolvidas desde a construção do veículo astronômico até o seu envio ao espaço. Para especialistas, o resultado do trabalho marca o início de uma grande era de conquistas espaciais. A expectativa é de que Tianwen-1 seja a primeira de uma série de jornadas exploratórias em Marte que poderão trazer muitos dados relevantes. “Uma nova geração de cientistas está sendo criada com essa missão”, afirmou David Flannery, astrobiólogo da Queensland University of Technology em Brisbane, na Austrália.

5. Discriminação na tecnologia

Quem é: Timnit Gebru, pesquisadora de ética em inteligência artificial

Em dezembro de 2020, Timnit Gebru foi demitida da gigante Google logo após se manifestar, em um artigo, sobre falhas relacionadas à tecnologia de reconhecimento facial adotada pela empresa e por outros grupos da mesma área. Em seu texto, a pesquisadora, que estuda a ética da inteligência artificial (IA) há anos, explicava como a técnica de reconhecimento era menos precisa para a identificação de mulheres e pessoas negras, o que pode gerar discriminação. Após sua saída do Google, Gebru recebeu apoio de mais de 7 mil pesquisadores, incluindo alguns ex-colegas de trabalho, que deixaram seus empregos em solidariedade à especialista. Quase um ano após a demissão, Gebru lançou um instituto de pesquisa para estudar IA de forma independente. Para ela, os eventos do ano passado refletem um crescimento na percepção de que as falhas da IA não deveriam ser enquadradas como problemas técnicos, na verdade, “são um sintoma do ambiente imperfeito em que a tecnologia é desenvolvida”. A cientista nasceu na Etiópia, fugiu da guerra civil em sua terra natal durante a adolescência e chegou aos Estados Unidos como refugiada.

6. Lupa sobre as biomoléculas

Quem é: John Jumper, pesquisador molecular da empresa Deep Mind

Imagine descobrir detalhes de uma pequena estrutura química pesquisando como se faz na internet, de forma rápida e prática? Realizar essa tarefa se tornou possível graças ao trabalho de John Jumper e sua equipe. O grupo da empresa DeepMind, em Londres, lançou, no início deste ano, a tecnologia AlphaFold. Por meio da inteligência artificial, ao montar a sequência de aminoácidos, é possível visualizar, com precisão, uma proteína em sua forma 3D. O projeto teve início em 2020, quando os cientistas conseguiram montar uma rede neural complexa analisando as proteínas que a compunham. A última versão da tecnologia rendeu dados ainda mais apurados. Agora, Jumper e sua equipe pretendem mapear quase metade de todas proteínas já conhecidas: cerca de 130 milhões.“Ver a quantidade de pessoas que utilizam o AlphaFold e como isso mudou o trabalho desses cientistas tem sido muito, muito incrível. O nosso sonho é fazer algo realmente útil”, declarou Jumper à Nature. Especialistas da área acreditam que a nova técnica vai dividir eras nas pesquisas biomoléculas. “Entramos, agora, na fase mais moderna da biologia. Teremos um antes e depois de 2021 nesse setor”, comentou Tobin Sosnick, biofísico na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

7. Pelo direito de proteger

Quem é: Victoria Tauli-Corpuz, defensora indígena

A líder filipina trabalha há seis anos como relatora especial das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas e tem uma história longa dedicada ao convencimento de governos, ambientalistas e fundações filantrópicas de que os indígenas são os mais indicados para proteger as florestas — ideia que tem sido defendida por cientistas da área em estudos recentes.

Nascida em uma aldeia sem eletricidade na parte montanhosa das Filipinas, a representante da ONU lutou contra a derrubada da área verde em que vivia, defendida por governantes da região, conseguindo manter o espaço preservado. Durante sua trajetória, Tauli-Corpuz se tornou uma crítica contundente do que ela chama de “fortaleza conservação”, um modelo que pressupõe que a natureza pode ser preservada apenas se for isolada da humanidade. “A mentalidade conservacionista tem que ser mudada”, destacou a ativista à revista Nature. “As pessoas vivem nessas florestas, e devemos trabalhar com elas”, acrescentou. O trabalho da líder indígena tem rendido frutos, durante a última edição da COP, em Glasgow, governos e doadores elevaram a promessa de auxílio financeiro (US$1,7 bilhão) para ajudar os povos indígenas de todo o mundo a preservar as florestas.

8. Caça às fake news

Quem é: Guillaume Cabanac, cientista da computação na Universidade de Toulouse (França)

Guillaume Cabanac é um detetive em busca de fake news, mas apenas estudos científicos são o seu alvo. O especialista dedica cerca de duas horas por dia para encontrar frases errôneas em artigos acadêmicos usando o programa SCIgen, um software criado por ele, inicialmente como uma piada, para identificar frases sem sentido produzidas por cientistas. Algumas pessoas podem achar o conteúdo encontrado engraçado, mas Cabanac leva o problema a sério. “Isso não deveria estar acontecendo”, frisou o especialista. O trabalho do grupo de Cabanac levou os jornais especializados a retirarem mais de 120 manuscritos de seus sistemas e fez com que processos de revisão se tornassem ainda mais minuciosos. “Eles encontraram um emaranhado de ideias em artigos que parecem ser completamente falsas”, disse Elisabeth Bik, analista de conteúdo de pesquisa e consultora da empresa Microbiome and Science Integrity, nos Estados Unidos. Cabanac espera que seu trabalho ajude a descontaminar a literatura científica. "Tenho medo de que novas técnicas que ajudem golpistas a publicar artigos contendo erros surjam e torne o nosso trabalho mais difícil, com falhas menos detectáveis. Precisamos estar preparados”, justificou.

9. Engajamento nas redes

Quem é: Meaghan Kall, epidemiologista do governo do Reino Unido

Durante a pandemia de covid-19, a epidemiologista Meaghan Kall notou uma crescente inquietação e confusão sobre as variantes do novo coronavírus nas redes sociais. Para auxiliar o público, ela resolveu postar em seu perfil no twitter, mesmo sem a autorização dos chefes, os pontos-chave de um documento técnico informativo construído por colegas da Public Health England (PHE), agência inglesa encarregada de responder a ameaças à saúde. “Eu simplesmente fiz isso”, confessou a especialista. O conteúdo viralizou e foi apenas o primeiro de uma série de mais de 6 mil tuítes de Kall com dados importantes sobre o Sars-CoV-2 e sobre como prevenir a infecção. A epidemiologista acredita que sua pequena iniciativa contribuiu para que as pessoas confiassem mais nos dados produzidos pelo governo do Reino Unido. Um dos assuntos mais abordados pela epidemiologista em suas últimas postagens são as vacinas. O tema rendeu uma série de perguntas de internautas que ainda tinham dúvidas em se imunizar, mas foram convencidos pela epidemiologista, que pretende dar continuidade ao seu trabalho de divulgação científica. "As respostas favoritas que recebo nas redes são de pessoas que dizem: ‘eu realmente não tinha muita fé no PHE, eu realmente não confiava neles, até eu começar a seguir o perfil no twitter''', declarou Kall.

10. Legado na regulação

Quem é: Janet Woodcock, comissária interina da Agência Regulatória de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, em inglês)

Janet Woodcock foi nomeada para um dos cargos mais importantes do governo americano, na FDA, poucos dias depois de Joe Biden assumir a presidência — escolha elogiada por especialistas da área. A ex-médica passou a maior parte da sua carreira de 35 anos no FDA administrando o Centro de Avaliação de Medicamentos e Pesquisa, que é responsável por garantir a eficácia e a segurança dos fármacos antes de eles serem aprovados para venda. Ela ajudou a modernizar o processo de avaliação de remédios, dando início a ensaios clínicos avançados. Também defendeu um papel de mais destaque para os pacientes nos processos de pesquisa e aprovação de drogas. Woodcock deixou o cargo em novembro, foi substituída pelo cardiologista Robert Califf, por decisão de Biden. Para Aaron Kesselheim, médico que estuda regulação de medicamentos na Universidade de Harvard, sua rápida passagem pela função não ofusca o legado deixado. “Woodcock merece reconhecimento pela forma como o FDA evoluiu durante todos esses anos”, ressaltou.

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  •  Crédito: John Cairns/Universidade de Oxford. Ciencia. Friederike Otto, climatologista e pesquisadora na Universidade de Oxford, no Reino Unido
    Crédito: John Cairns/Universidade de Oxford. Ciencia. Friederike Otto, climatologista e pesquisadora na Universidade de Oxford, no Reino Unido Foto: John Cairns/Universidade de Oxford
  •  Tulio de Oliveira, diretor da Plataforma de Inovação e Sequenciamento de Pesquisa KwaZulu-Natal da África do Sul (KRISP)
    Tulio de Oliveira, diretor da Plataforma de Inovação e Sequenciamento de Pesquisa KwaZulu-Natal da África do Sul (KRISP) Foto: Divulgação ONU
  • UNAIDS Executive Director Winnie Byanyima answers to AFP on July 3, 2020 in Geneva during an interview ahead of the publication by the organisation of its annual report of AIDS and HIV in the world amid the COVID-19 outbreak, caused by the novel coronavirus. Millions have died needlessly from AIDS-related causes due to lacking access to existing therapies, the UNAIDS chief said, calling for a fairer approach from the start to tackling the coronavirus pandemic. / AFP / Fabrice COFFRINI
    UNAIDS Executive Director Winnie Byanyima answers to AFP on July 3, 2020 in Geneva during an interview ahead of the publication by the organisation of its annual report of AIDS and HIV in the world amid the COVID-19 outbreak, caused by the novel coronavirus. Millions have died needlessly from AIDS-related causes due to lacking access to existing therapies, the UNAIDS chief said, calling for a fairer approach from the start to tackling the coronavirus pandemic. / AFP / Fabrice COFFRINI Foto: FABRICE COFFRINI
  •  Crédito: International Astronautical Federation/Divulgação. Ciencia. Zhang Rongqiao,  designer-chefe da Administração Espacial Nacional da China
    Crédito: International Astronautical Federation/Divulgação. Ciencia. Zhang Rongqiao, designer-chefe da Administração Espacial Nacional da China Foto: International Astronautical Federation/Divulgação
  •  Crédito: Reprodução/anitaB.Org. Ciencia.Timnit Gebru, pesquisadora de ética em Inteligência Artificial
    Crédito: Reprodução/anitaB.Org. Ciencia.Timnit Gebru, pesquisadora de ética em Inteligência Artificial Foto: Reprodução/anitaB.Org
  •  Crédito: Reprodução/Deep Mind. Ciencia. John Jumper, pesquisador molecular da empresa Deep Mind
    Crédito: Reprodução/Deep Mind. Ciencia. John Jumper, pesquisador molecular da empresa Deep Mind Foto: Reprodução/Deep Mind
  •  Crédito: Mark Garten/UN Photo. Ciencia. Victoria Tauli Corpuz, defensora indígena
    Crédito: Mark Garten/UN Photo. Ciencia. Victoria Tauli Corpuz, defensora indígena Foto: Mark Garten/UN Photo
  •  Crédito: Instituto de Pesquisa em Ciência da Computação de Toulouse/Divulgação. Ciencia. Guillaume Cabanac, cientista da computação na Universidade deToulouse  na França
    Crédito: Instituto de Pesquisa em Ciência da Computação de Toulouse/Divulgação. Ciencia. Guillaume Cabanac, cientista da computação na Universidade deToulouse na França Foto: Instituto de Pesquisa em Ciência da Computação de Toulouse/Divulgação
  •  Crédito: Reprodução/Gov.Uk. Ciencia. Meaghan Kall, epidemiologista do governo do Reino Unido
    Crédito: Reprodução/Gov.Uk. Ciencia. Meaghan Kall, epidemiologista do governo do Reino Unido Foto: Reprodução/Gov.Uk
  •  Crédito: FDA/Divulgação. Ciencia. Janet Woodcock, comissária interina da Agência Regulatória de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, em inglês)
    Crédito: FDA/Divulgação. Ciencia. Janet Woodcock, comissária interina da Agência Regulatória de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, em inglês) Foto: FDA/Divulgação
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