Ômicron e Delta podem unir forças e criar variante ainda mais perigosa, diz Moderna

A afirmação foi feita por Paul Burton, chefe da farmacêutica. O fato de se ter duas variantes distintas circulando ao mesmo tempo pode facilitar o chamado "evento de recombinação" e criar a super variante

Correio Braziliense

postado em 17/12/2021 20:05

(crédito: Pixabay)

Em declarações ao Comitê de Ciência e Tecnologia, o Dr. Paul Burton, médico-chefe da Moderna, alertou sobre os perigos de potenciais infecções com duas cepas distintas de coronavírus no Reino Unido, dado o número crescente de casos de ambas as cepas na região. 

A preocupação seria caso uma pessoa se infectasse com a cepa Delta em uma célula, e logo depois a mesma célula ser infectada com a cepa Ômicron. Segundo Burton, isso poderia resultar em uma super variante ainda mais perigosa. 

Esses eventos são chamados pelos especialistas de "eventos de recombinação", mas para que possam acontecer precisariam de condições incrivelmente específicas e da coincidência de eventos amplamente incontroláveis.

Para Burton, ter as duas variantes circulando ao mesmo tempo aumenta o risco de troca de genes e o potencial para a combinação das duas. "Certamente há dados, houve alguns artigos publicados novamente na África do Sul antes da pandemia, quando as pessoas, e certamente as pessoas imunocomprometidas, podem abrigar os dois vírus", ele disse na Câmara dos Comuns do Reino Unido. 

Para ele, essa combinação das variantes poderia acontecer principalmente pelo número de infecções observadas no Reino Unido.