Covid-19

São Paulo poderá exigir passaporte da vacina em aeroportos

Estado de São Paulo quer exigir o passaporte vacinal contra a covid-19 a partir do dia 16 em seus aeroportos, caso governo federal insista em recusar a implementação em território nacional

Diante da negativa do governo federal à adoção do exigência do comprovante de vacinação contra a covid-19 para a entrada de viajantes no Brasil, o governo de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira (8/12), que o estado pretende exigir a medida por conta própria caso o governo federal insista em recusar a implementação em território nacional. E que passar a exigir o passaporte vacinal contra a covid-19 a partir de 16 dezembro em seus aeroportos (Cumbica, Viracopos e Congonhas). A medida valeria também para o Porto de Santos.

"O Brasil não pode ser o paraíso do negacionismo. Aqui, o turismo de negacionismo só na mente desse ministro da Saúde (Marcelo Queiroga) e do presidente da República (Jair Bolsonaro). Aqui é terra de gente séria. Portanto, se até 15 de dezembro o governo federal não adotar o passaporte vacinal, São Paulo vai adotar e exigir nos seus aeroportos e portos internacionais o comprovante de vacinação", disse o governador João Doria, em coletiva de imprensa.

São Paulo é um dos principais destinos de passageiros internacionais do Brasil e recebe dois terços do total de voos internacionais no país. "Isso é um direito que nos cabe. Apesar de, fisicamente, (o aeroporto) ser propriedade do governo federal e ter administração pela Infraero, o território do estado de São Paulo é de responsabilidade do governo do estado de São Paulo. O mesmo se aplica aos portos", explicou.

O governo paulista enviou um ofício ao Ministério da Saúde para pedir que o órgão federal adote a obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacinação para os viajantes que chegam ao Brasil.

O coordenador do Comitê Científico de São Paulo, Paulo Menezes, defendeu a medida. “A exigência de comprovação é mais uma iniciativa de controle e enfrentamento da pandemia em nosso país. Nossa expectativa é de que o governo federal possa compreender esta necessidade evitando a entrada de novas variantes no Brasil”, ressaltou.

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