SAÚDE

Tipo sanguíneo influencia risco de AVC; veja quais são os mais vulneráveis

A meta-análise incluiu 17 mil pacientes com AVC e quase 600 mil controles saudáveis, que nunca sofreram um evento do tipo

Correio Braziliense
postado em 01/09/2022 06:00
 (crédito: pxhere/Divulgação)
(crédito: pxhere/Divulgação)

O tipo sanguíneo de uma pessoa pode estar ligado ao risco de derrame precoce, de acordo com uma nova meta-análise liderada por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland. Os resultados foram publicados na revista Neurology e incluem os dados disponíveis de 48 estudos genéticos com foco em acidentes vasculares cerebrais isquêmicos em adultos com menos de 60 anos.

A meta-análise incluiu 17 mil pacientes com AVC e quase 600 mil controles saudáveis, que nunca sofreram um evento do tipo. Os cientistas analisaram todos os cromossomos coletados para identificar variantes genéticas associadas a um acidente vascular cerebral e encontraram uma ligação entre a ocorrência antes dos 60 anos e a área cromossômica onde fica o gene que determina se um tipo sanguíneo é A, AB, B ou O.

O estudo descobriu que as pessoas com AVC precoce eram mais propensas a ter o tipo sanguíneo A. Já aquelas com o tipo O, o mais comum, pareciam mais protegidas. Tanto o derrame cerebral antes dos 60 anos quanto o tardio eram mais prováveis de ocorrer em indivíduos com sangue B, em comparação com os controles. Após o ajuste para sexo e outros fatores, os pesquisadores descobriram que aqueles com tipo A tinham um risco 16% maior de sofrer um acidente vascular cerebral precoce do que os demais.

"Ainda não sabemos por que o tipo sanguíneo A confere um risco maior, mas provavelmente tem algo a ver com fatores de coagulação do sangue, como plaquetas e células que revestem os vasos sanguíneos, bem como outras proteínas circulantes, que desempenham um papel importante. papel no desenvolvimento de coágulos sanguíneos", disse Steven J. Kittner, dos autores. "Claramente, precisamos de mais estudos de acompanhamento para esclarecer os mecanismos do aumento do risco de acidente vascular cerebral" , acrescentou.

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